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QU EDA NO CONSUMO
DE CIMENTO NO PAíS
Em entrevista concedida à imprensa, o Presidente do Sindicato Nacionol da Indústria
do Cimento, Sr. Paulo Mário Freire, afirmou que a produção de cimento no periodo janeiro-
moio dêste ano atingiu a 3001 167 toneladas, enquanto, em igual periodo do ano possado,
alcançou 2 917 386 toneladas. Pelos dados, observa-se que o aumento verificado foi de
84 291 toneladas, isto é, 2,89 %, muito inferior à elevação ocorrida entre os cinco primeiros
meses de 1968, em relação ao mesmo periodo de 1967, quando o acréscimo foi de 18,9%.
Por outro lado, disse o Sr. Paulo Mário Freire que, considerados apenas os dados relati-
vos ao cimento portland comum - o mais utilizado pela indústria de construção civil, -
houve um decréscimo nas vendas das 28 fábricas do Pais no periodo janeiro-maio dêste ano,
em relação ao ano passado. Afirmou que, enquanto em 1968 as entregas das fábricas acu-
savam, no periodo, 2 767256 toneladas, em 1969 elas atingiram apenas 2 729 889 tonela-
das, o que deve indicar uma ligeira queda do consumo.
Assinalou o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento a existência de
vultosos estoques de cimento nos portos do Rio, Santos e Salvador, resultantes de mercado-
. rias encomendadas em fins do ano passado sem o melhor disciplinamento.
"O fato ocasionou dificuldades não só às zonas portuárias, como aos mercados consu-
midores que não têm capacidades de absorver grandes quantidades de cimento", afirmou.
Acredita que as importações, de agora em diante, serão melhor disciplinadas, por depende-
rem de autorização expressa da SUNAB, controlando-se, dessa forma, o fluxo das compras ex-
ternas em função das necessidades supletivas da demanda não atendida pela produção interna.
Advertiu, entretanto, sôbre a impropriedade de virem a ser permitidas importações aci-
ma de 300 mil toneladas êste ano, poro que se evite o agravamento da situação reinante,
achando-se as fábricas com estoques apreciáveis por falta de mercado.
SUDENE PREVÊ CRESCIMENTO INDUSTRIAL DE
o Departamento de Industrialização da SUDENE concluiu um estudo
sóbre o crescimento da indústria nordestina, a partir dos incentivos fiscais e
financeiros oferecidos pelo órgão. Estimam os técnicos que, no período 1965/
1973, a indústria regional crescerá à taxa média de 9,8% ao ano.
:Êssetrabalho objetiva fixar a programação dos investimentos industri-
ais do Nordeste, com incentivos fiscais e financeiros (Arts. 34-18), para pro-
mover o desenvolvimento integrado do parque industrial nordestino. Está
sendo coordenado pela Divisão de Programação Industrial do DI-8UDENE.
De acôrdo com os dados disponíveis naquele Departamento da autarquia,
o grupo industrial referente aos "bens de capital" terão uma taxa de cresci-
mento de 37,3% ano ano, enquanto OS "bens de consumo imediato" (alimen-
tos industrializados) crescerão ao ritmo de 3,9%. No que se refere aos "bens
intermediários", o crescimento está estimado em 14,8% ao ano e os "bens de
consumo durável", 11,8% ao ano.
Para efeito de comparação o crescimento industrial nordestino, no perío-
do antecedente (1955/65), obedeceu ao seguinte ritmo: bens de capital, 15%
ao ano; bens intermediários, 14,7% ao ano; bens de consumo durável, 9,8%
ao ano; bens de consumo imediato, 5,3 % ao ano.
Página 10 INDúSTRIA CEARENSE