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A Urgente lntegracão








J'j Se' acho em i uncionamervto em São Poro o presidente do Centro de i'1tegração
Paulo o Centro de Integração Emorêso-Escoio, há no juventude brasileira não apenas uma
cujo objetivo é promover a oor.xa rvição dos ânsia de saber; há sobretudo o mêdo de não
estudantes e empresários e cujas romhcações \ ir a saber o suficiente para enfrentar as du-
logo deverão estender-se a outros Estados. Es- ras realidades de nosso tempo. A tese nos pa-
teve em Fortotezo o ores.dente do Centro, que Tece verdadeira, pois explica até certo ponto a
estabeleceu os primeiros contactos com l.deres chamada "angústia" de que se diz estar a ju-
da indústria locol tende- em vista estruturar ventude atacada. Que mais poderá causar
tombém aqui a entidade, cujo irnportãncso não uma "angústia" do que o sentimento de impo-
pode ser menoscobodo tência e de derrota, ante o ráoiao desenvolvi-
mento de uma tecnologia que a tantos vai dei-
xando para trás? Basta lembrar que, por iôrço
aos limitações e dos defeitos essencia.s de nos-
Dotem do ano passado, no auqe da crise
estudantil, os primeiros passos no sentido de se ensino, essa tecnologia alucinonte li: um
integrar indústria e escola, com o duot» pro- monstro desconhecido para miihôes d<: iovens
pósito de ossegurar maiores recursos financei- brasileiros. Donde a necessidade imperioso de
ros a determino aos setores universüárícs, prin- que pelo menos uma porte dessa enorme par-
seja zc'ocodo
CEla da população
em contacto
cipalmente c de pesquisos, e proporcicnor aos direto com as novas técnicas da produção, em
estudantes de nivel superior uma intimidade termos de trabalho-aprendizado.
maior com a moderna tecnologia, através de
est~/os nas err.prêsas. Significativamente, a entidade criado- em
São Paulo não se denomina Centro de Integra-
ção Emprêsa-Univevrsidade, mas de lnteqroçôo
cmprêso-Escolo. Tem assim uma dimensão
O~ industr.ais, em face daqueles graves mais ampla, destinando-se a ajudar não apenas
ocoritectrnentos tiveram o seu desoertor em re- o número relativamente pequeno dos que che-
loção à sua resoonsabilidade na solução dos gam à Untversiriode mas também a ioico bem
problemas do ensino brasileiro - resoonsooili- mais ampla dos que estão tentondo uma for-
dade que tem sido francamente ass~mida em mação em nivel médio, Esta uma ioixo que
outros ooises e que foi particularmente enfati- não pode ser desprezado, mas diltqentemente
zodo no livro da francês Schreiber sôbre O atua- apoiada em função dos necessidades do desen-
I:dade econômica ocidental e as perspectivas volvimento da indústria, do comércio, do agri-
de sua evolução. Chegaram à concrusdo de que cultura e dos serviços e também em função de
e Educação é o mais importante problema do justas ambições infelizmente até hoje ieonml-
Brasil, nõo apenas de um ponto de vista cuítu- das por um ensino excessivamente seletivo e de
ral mos abrangendo todos os aspectos do de- escassas corocteristicas democráticas.
senvolvimento do Pais. A apreensão tão rápido
quanto possivel do experiência iecnotcqk:o in- A criação do Centro Ceorense .. que já se
ternacional - tarefa já por SI imensa - e a providencia, é foto, portanto, da maior impor-
criação de uma tecncloçia própria - tarefa tincia, e para que êle se concretize é necessário
ainda mais ingente - são indisoensaveis poro que se unam estudantes, educadores e empre-
que o Pais nõ» caia num atraso irremediável, sorios e quantos se interessem pela rodicol
não fique entre os fecha-fileira, e êxito ele tal transformação da nossa educação, que preciso
esfórço depende não apenas de que 'J empresa- urqeniemente voltar-se poro os ex gên.::;as da
riado nacional se disponha o dar sua colabora- VIda.
ção no maior escalo que seja possiret, (Transcrito de "O POVO")

Página 10 INDÚSTRIA CEARENSE
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