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POBREZA DE RECURSOS NATURAIS
RESPONSÁVEL PELO ATRASO DO NE
o professor Diniz Xovrer, Superintendente-/\rljunto da SUDENE, disse lUC uma das ra-
zões do atraso e inferioridade do Nordeste, em relação à regiãc Sul, é IJ pobrezc de recur-
sos naturais.
No inicio de sua nclestrc, o conferencist...; fêz completa exposição sôbre a região, citan-
cio os problemas econôrníco-sccicns e crs providências que foram adotadas pela SUDENE, para
solucionó-los, desde 1960, ono em que foi crioco a autarquia.
Em seguida, o professor Diruz Xovier discorreu, de maneira sucinta, ccêrco da finalida-
de dos Departamentos do órgão de desenvolvimento regional, fazendo alusão às programa-
ções previstas pelo .IV Plano Diretor para as ativiciades exercidos por cada um dos setores.
Falando sôbre o Departamento de Industrializaçüo, explicou a importância e o funcio-
namento do programa de incentivos fiscois e financeiros (Artigos 34-18J.
Chamou a atenção para o papel do mercado consumidor no processo industrial, dizendo
que alguns Estados ainda nõo têm condições de se industrializar, pois não dispõem de mer-
cado capaz de absorver a produçõc. nem de estro.ios po: o o escoamento.
Adiantou, ainda, que "nós, brasileiras, odotornos hóbitos de consumo idênticos aos dos
povos dos paises desenvolvidos". Istc --- pros ieguiu - reduz os recursos disponiveis para
investimentos que futuramente poderiam representar um aumento de renda".
Quanto à educação, disse o prcfessor Dinz Xovier que a SUDENE mantém um grande
número de convênios com as Univervidodes dos Estados do Nordeste, visando à realização
de pesquisas, estudos, cursos e estágios.
Disse também que, dentro de mais clquns dias, o programa de bolsas de estudos conce-
didos pela SUDENE sofrerá modificaçõo: ao invés C9 bolsas, serõo proporcionados estágios
nas universidades e indústrias
Quanto ao setor de eletrificaçúo, o coníerenc lsto fêz referência à Usina Hidrelétrica de
Sôa Esperança, que distrrbuirá energia para os Esto.los do Pioui e Maranhão e o Norte do
Ceará. Acrescentou Que aquela USina oferecerá um potenciol inicial de 108 mil kw, estando
a inauguração desta primeiro fase previsto po I;J o segundo ~cmestre do corrente ano.
Frisou que a CHESF esté: procurnndo duplicar sua capacidade, a fim de atender a cres-
cente demanda de energia do Nordeste.
NOVO DIAGNóSTICO SóCIO-ECONôMICO
Tendo em vista coletar elementos que informem a futura progra-
mação do Govêrno do Estado, a Superintendência do Desenvolvimento
Econômico e Cultural dará início, êste mês, aos estudos relacionados
com a elaboração de um nôvo diagnóstico sócio-econômico do Ceará.
O trabalho se orientará no sentido de dar a conhecer, detalhada-
mente, o comportamento dos principais setores de atividade econômica,
mfra-estrutura e bem-estar social. O diagnóstico é uma exigência da
lei que institui os planos plurienais, que deverão ser iniciados na área
dos Govêrnos federal, estaduais e municipais a partir do ano de 1970.
A SUDEC, que já possui estudos bem aprofundados sôbre a realida-
de econômica e social do Ceará, pensa em concluir êsse novo diagnóstico
em junho de 197U_ A partir deste ano só os Estados com os municípios
terão de elaborar planos de cinco (no mínimo) a dez anos de execução,
INDÚSTRIA CEARENSE Página ~5
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