Page 16 - index
P. 16










ELOGIO AO NOVO SISTEMA DE CRÉDITO


o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônico, Sr. Manoel da
Costa Santos, qualificou o nôvo programa de crédito do BNDE como um dos acontecimentos
de maior importância para os circulos econômicos nacionais, no corrente ano.
Acrescentou que a divulgação, dos novos esquemas de financiamento industrial repre-
sentou o inicio de uma nova era no campo do incentivo à indústria brasileira e atende o uma
das classes produtoras, já que a obtenção de fincnciornenros sempre foi um problema de di-
ficil solução para os empresários.
Na opinião do Sr. Manoel da Costa Santos, Que é também presidente do, Sindicato da
Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo, o custeio
do processo de produção sempre estêve entregue ao empreendedor que, por nõo dispor na
organização bancária de um estabelecimento de crédito especializado, era obrigado a utilizar
reservas nõo constituidas poro êste fim. Só depois de comercializar o artigo fabricado -
prosseguiu - é que conseguia, pelo desconto ou caução das respectivos duplicatas, um adi-
antamento do resultado da operação industrial.
- Na realidade, até agora, a indústria nacional só contava com um orçonlsmo de cré-
dito propriamente dito - a Carteira Agricola e Industrial do Banco do Brasil - que lhe pres-
tou e vem prestando valiosa coloaboração, finanCiando a aquisição de matéria-prima. Mas
a Creal que muito fêz em favor da produção, tinha e tem uma barreira que dificulto suo ação:
a exiguidade dos recursos que lhe são atribuidos.
lembrou ainda que o BNDE sempre limitou sua oçõo a destinar empréstimos à instala-
ção e ampliação de indústrias, ao lado do atividade de financiamento de vendas de máquinas,
através de suas agências especiallzadas, como o Finame, ao passo que o nôvo programo re-
presenta o inicio de uma novo era no campo de financiamento à indústria brasileiro e aten-
de a uma das mais antigas e reiteradas reivindicações das classes produtoras.
Ressaltou a seguir as operações previstas no nôvo esquema de financiamento, que visa
a conceder provisão de giro nos financiamentos de investimento fixo, a facilitar a ampliação
e remodelação de· indústria, a facilitar a fusão ou incorporação de emprêsas, a possibilitar
a associação de ernprêsos para constituir uma emprêso destinada a serviços de interêsse co-
mum, a possibilitar às emprêsas nacionais c obtenção de kow-how, a fortalecer o mercado de
.copitots e, principalmente, a conceder créditos para capital de giro a prazo, que pode atingir
até 30 meses eà taxo de 22 %. .
Depois de se congratular com o Ministro Hélio Beltrão, do Planejamento, e com o pre-
sidente do BNDE, Sr. Jaime Magrassi de Só, e m nome da indústria elétrico nacional, o Sr.
Manoel da Costa Santos afirmou que o nôvo proqrorno de financiamento contribuirá poro as-
segurar o êxito do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Govêrno Federal.




NESTLÊ VISA o NORDESTE


o Grupo do Nestlê, tomando por base o 1'0 cientificamente tratado tornarem possivel
experiência de irrigação do SUDENE no sertão até o cultivo de uvas. O General Euler acres-
pernambucano, pretende executar, em breve, centou que o Nestlê j4 está à procura de man-
um amplo projeto de cultura irrigável de pro- chas de solo consideradas de boa fertilidade
dutos vegetais industrializáveis no submédio pela Sudene e que há também outros grupos
São Francisco. industrais do Centro-Sul e do Nordeste in-
Ao fazer tal revelação, o Super.ntendenre teressados em investir capital no zona dos
da Sudene, General Euler Bentes Monteiro, sêcas, sempre tomando por- base as dlretrlzes
disse que durante suo estada em São Paulo, da autarquia em sua experiência intégrada
representantes da Nestlê lhe entregaram uma de irrigação e agrepecuária. O Superintenden-
corto-consulto em que traduzem seu interêsse te da Sudene disse ainda que o -empresoríodo
emJrry~stir no sertão. A Nestlê vai' utilizar,' em de Centro-Sei, principalmente "de 'Sõo : Paulo,
seu projeto, o tecnologia criada 'pela Sudene estó descobrindo agora· o bom: ti"égóci6 "que é
na Estação Experimental de Bebedouro, onde o irvestir no Nordeste, sobretudo =no .setor de
água bombeado do rio São Francisco e a ter- agropecuária.


Página 14 INDúSTRIA CEARENSF
   11   12   13   14   15   16   17   18   19   20   21