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manufaturas elevam preço


unitário nas exportações



Um aumento no preço unitário dos produtos manufaturados exportados ocorreu no ano
passado em comparação com 1967, passando de US$ 183 por tonelada para US$ 250 em
1963. Não se registrou, entretanto, de um ano para o outro, aumento no valor global expor-
tado.
Os dados apurados pelo Cacex até a terceira semana de dezembro último indicam, com
efeito, que o valor dos exportações brasileiros de 1968 deverá igualar-se 00 de 1967. Isso
porém, se fôr levado em conto que o pois deixou de exportar US$ 7 milhões de café solúvel
em consequêncic do fechamento temporário da Dcminium.
Na análise da pauta de manufaturados surge, ainda, outro fato importante: em 1967
foi incluida no valor das exportações a reexportação de um avião turboélice no montante de
US$ 3 250 000 00. Paro obter, portanto o dado das expcrtações daquele ano com vistas a
uma comparação real com o ano passado, é necessário deduz ir êsse valor. Números forne-
cidcs pela Fazendo dão, para 1967, o total de 148.1 milhões em 1968. Os 10 milhões de
dólares de diferença seriam debitados à crise interna da Dorninium e à reexportação do tur-
boélíce.
Ressaltam os técnicos do Cacex que, sem esso ressalva corre-se o risco de considerar
que Os exportações de manufaturados cairam em 1Q68, comparado com 67. Na verdade, o
mercado externo de produtos industrializados foi mantidc sem alterações significativas, o que
equivale a dizer que as perspectivas para êsse ano são ooslt.vos, já que a Dominium, para-
lisada durante três meses aproximadamente - retomou suas atividades exportadoras, espe-
rando-se, ainda, que a taxa flexivel de câmbio possa exercer efetivamente seu papel de esta-
bilizador do fluxo de vendas 00 exterior, durante o ano que se inicia.
A balança comercial brasileira de manufaturados continuou apresentando deficit conside-
rável. Até outubro da ana passado, o pais já c ontovo com uma diferença paro menos, nesse
item, da ordem de 110 milhões de dólares. Os dados de novembro e dezembro não são ain-
da conhecidos.
Entretanto, informam setores empresariais que 1968 foi um ano em que cresceu a pro-
dução interna de manufaturados, bem como os vendas, foto que reflete o ascensão do econo-
mia e o ampliação do mercado interno do pais.
No análise da exportação de manufaturas, nos últimos meses do ano passado, verifica-se
que nõo houve influência da taxa flexivel de câmbio sôbre as exportações. De setembro a
dezembro de 68 - quando foi estabelecida aquela medida pelo Govêrno - não houve eu-
mento nos vendas externos, em comparação com iguais meses ele 1967, exportando-se 51,3
milhões em 68, centro 51,9 em 67, nos quatro últimos meses do ano.
Justifico-se êsse comportamento pelo fato de que a taxo flexivel de câmbio apenas dá
ao exportador um equilibrio de rendimentos em cruzeiros durante todo o ano, enquanto que
um espaço de tempo muito grande entre dois reajustes cornbio!s leva a esperar pelo nova taxa
do dólar, a fim de recompor sua receita, perdida no intervalo entre um reajuste e outro.
Dessa forma, é de esperar que nêste ano haja, se não uma continua elevação, pelo me-
nos uma estabilização das correntes de exportação.
A maioria dos nossos principais produtos de exportação sofreu variação positiva em
1968, cornporcndo-se com 1967. Algodõo em rama sofreu um acréscimo substanciai, pas-
sando de 189,5 mil toneladas, em 67, para 244,5 mil tonelodos, até a terceira semana de
dezembro do ano passado. Os volumes exportados de açúcar mantiveram-se nos mesmos ni-
veis nos dois anos comparados. Os minérios de ~Prro sofreram elevação para 14,7 milhões de
toneladas em 68, contra 13,9 milhões em 68, cont.o 13.9 milhões em 67. Apenas cacau em
amêndoas diminuiu, em 1968, passando de 114,4 mil tonelodcs em 67, para 72,5 mil tonela-
das em 68.



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