Page 11 - index
P. 11


Me 94*


do Planejamento
reestuda
Integração divido o Ministério de Rrasil em tôrno de US$ 3,5 a
externa
bilhões, e vise determinar as condições futuras
das nova, dividas externas do pais. Nas pro-
Sôbre os problemas das disparidades re- jeções do IPEA, as exportações brasileiros
gionais de desenvolvimento, disse o Sr. João (CIF) em 1975 deverão atingir o US$ 2462
Poulo Veloso que o Ministério do Planejamento milhões e os importações (CIF) o US$ 3 055
está em contoro com cada r:stado para a ela- milbões.
boração de plonos regionais. Informou que
existem dois planos em rexame para o desen-
volvimento do Nordeste e da Amazônia. Ao mesmo tempo em que os importações
brasileiras aumentam sem que o nivel das ex-
Relatou Que os técnicos do Instituto de portações os acompanhem, o partir de 1975
Pesquiscs !'"(.o~ómicas Aplicadas - IPEA -- o paçamento cios dividas externos se avoluma.
órgão do Plonejamento, estão, em conjunto Em outros palavras, a divido externa está esco-
com governos estaduais, identificando o po- lonada de lima certa forma que o Brasil deve
tencial de desenvolvimento de cada região. pagá-Ia num indice sempre crescente. De ma-
neira que, em 1<:)75, se permanecer o hipótese
configurado nos estudos preliminares, o endivi-
Terminado o estudo será executado o damento brasileiro o curto prazo será maior e
Programa de Aç.ão Coordenada, de acôrdo com menor a r.apacidade de solvê-Ia.
as perspectivas de cada Estado. No momento,
a pesquisa conjunta está sendo feita nos Esta-
dos do Norte, Nordeste, Minas, Espírito Santo
e Rio Grande do Sul. Exportaçõe.

Em morço, as técnicos do IPE.A irão ao
Paraná e possivelmente a Santa Catarina com Quanto às exportações, outro problema
a mesma finalidade. Quanto ao extraordinário que enfrenta o Brasil é a chamada "corccteri-
deserwolvimento de São Paulo em contraste z cçõo de mercados", tese defendido pelo
com cutros Estodos, afirmou o Sr. João Paulo CEPAL c cue demontra estarem os mercados
Veloso que a ureo industrial paul isto continuará externos tomados pelos paises industrializados.
a ser, a curto prezo, o núcleo dinâmico mas Po- essa ordem de idéias, as grandes emprêsas
que a tendência no próximo decênio é de se sediadas no Brasil não teriam interêsse em ex-
regionalizar a industrialização. portar para outras óreas, invadindo esferas de
influência de subsidiárias conqêneres e' mesmo
das matrizes.
Mercado
Tal tese mostra ainda que os grandes
ernprêsos se reúnem e dividem os mercados
Dois estudos estão sendo feitos no Minis- (copítclízorn) !~t;nos, africanos, asiáticos e ou-
tério do Planejamento e que têm implicações tros. Indica também que o fenômeno não ocor-
diretas com a po!itica de desenvolvimento. São re somente com o ramo dos produtos manufa-
êies: exorne de capacidade de endividamento turodos, mos também no setor dos produtos
brasileiro e das possibilidades de se aumentar primários, exernplificondo com o caso da Brasil
as e)'.portaç6e~ de produtos não tradicionais, em que o moior exportador de café e algodão
conservar a posição atual dos outros produtos sõc ducs firmas norte-americanas.
e ampliar o mercado para os manufaturados.

Segundc os técnicos do Planejamento, pa- Mesmo admitindo em porte o tese da cor-
ra manter o ritmo de desenvolvimento é neces- teliz cçôo ele merendes. o Sr. João Paulo Veloso
sário que as exportações também aumentem, acredita que o Brasil tem condições de colocar
a fim ele equilibrcr o saldo no intercâmbio com manufaturaJos furando o bloqueio em certas
o exterior. tsse equilibrio determina notada- óreos. Destaco •.• que na pesquisa do Ministério
mente (1 cooocidode de contrair emc:réstimos c do Plnnejomento sôbre as possibilidades de ex-
financiame~tcs externos que venha~ a somar- portação de produtos não-tradicionais em nosso
se com a' poupança interna oara reduzir o pauta de exportação, encontram-se o milho, o
tempo do processe de desenvolvimento. corne e a soja.
~ÚSTRIA CEARENSE
   6   7   8   9   10   11   12   13   14   15   16