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o Sr. CamlllO Steneir, secretário-executivo da
Pt'NDINOR, apresentou, no recente Encontro de
Investidores no Nordeste, em Salvador, um tra-
balho int.ltul&:1o •• Onde e em que Investir no
Nordeste", no qual indicou uma I1s"&8.de opor-
tunidades industriais sugerido, por escritórios de
projetoa e consultoría e um estudo analitlco de
oportuntdades de lnvestimrnto.
Os tipos de indústrias sugeridas baseiam-se,
tanto quanto possível, na ut1l1zação de matérias-
primas minerais e agrícolas, existentes na regtão, indlcadas:
O objetivo foi evitar que 8S tndústrtas de pos-
sível ímpjantação tivessem que importar maté-
rias-primas de outras regiões ou do interior.
. No setor de matéríaa-prímas, o Nordes-
te oferece campo de exptoração econômica de,
entre outras, amianto, argUa, berüo, bentonita,
columbita, caulin, teldspato, gêsso, calcârío, tos- apenas 5 % da carne bovina e 1,67 % da carne
forita, etc.
Por outro lado, o Nordeste é a única região
do país que produz petróleo e gás natural em
condições eeonêmíeas.
No campo dos produtos de origem vegetal
foram alistadas as seguintes matérias-primas lar- nos Estados Unidos.
gamente disponíveis: madeiras, flbras e semen-
tes oleogínosas.
Como fatores locactonaís. foram considera-
das as seguintes condições;
Dispõe o Nordeste de portos de mar técní-
.camente aparelhados, a exemplo do Recife, Sal-
vador e Mucuripe (Ce).
Estio sendo aparelhados, para attngir condi-
ções mais satisfatórias, os portos de Ilhéus (Ba).
ltaqui (Ma), Cabedelo (Pb), Natal (Rn) e Aro-
cajú (Se).
O plano rodoviário federal está cortando o
Nordeste de estradas pavimentadas de }.a ctasee.
Os produtos manufaturados do Nordeste te-
rão a88im fác11 aCe880 aos outros mercados re-
gionais, assim como estará facllltaâa a movimen-
tação interna, tanto de matérias primas como a
de produtos acabados.
.Quanto à competição nêsses mercados, é de
se ter em conta o diferencial do frete de retõrno
que .favorece o produtor nordestino.
Por outro lado, os custos de produtos indus-
trializados no Nordeste tendem a ser mala bai-
xos que os de outras regiões, levando-se em conta
08 incentivos fiscais e financeiros.
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MEIOS DE FINANCIAMENTOS
Hé. recursos financeiros disponíveis, através
da. SUDENE, que permitem mob1l1zar até 75 %
do Investimento, além de órgãos de crédito ofi-
ciais como o BNB e BNDE - que podem finan-
ciar até 50 % do investimento, reduzindo a par-
ticipaçAo do empresârío a 12,5 % do investimento.
Há, ainda, Companhias Estaduais de Desen-
volvimento ou Bancos Estaduais de Fomento,
que podem financiar até 50 % da parte corres-
pondente aos recursos próprios, reduzindo ainda
mais o aperte do empresário até ao nivel de
e,25 % do valor global do investimento.
MERCADO
O mercado consumidor do Nordeste jã é su-
ficiente para o dimensionamento econômico de
tãbricas da maioria dos produtos que são consu-
midos na. região - E êsse mercado tende a au-
mentar.
Os indicadores sôbre o mercado do NE do
bastante animadores:
A população - cresce à taxa de 2,1 % ao ano;
O produto interno bruto - cresce à taxa de
6,5 % ao ano;
A renda "per captta" - aumenta em 4,4 %
ao ano.
Vale assinalar que, crescendo em 4,4% ao ano,
a renda "per caprta" do NE terá dobrado em
17 anos ou seja em 1977. Em têrmos de evolução,
êste dado é relevante e encoraíacor.
No campo de industrialização de produto!"
agropecuâríos, as seguintes oportunidades pão
a - industrialização de carnes bovina, flui-
na e derivados;
b - industrialização de frutas tropicais.
O Brasil possui o 3.° rebanho bovíno e o 4. 0
rebanho suíno do mundo, T::>davia,é produtor de
suína que se consome, mundialmente. O des-
frute dos rebanhos bovinos e suíno
é oatxíssímo.
At1nge a 11 % e 16 % respectivamente, enquanto
que o pêso médio da carcaça bovina é de 180 kg
enquanto que nos Estados Unidos é de 33 kg e
a carcaça suma é de 66 kg comparados com lO2 kg
!:ases indices revelam a possibilidade de in-
vestimento de alta rentabilidade no setor pecuá-
rio.
A industrialização de carnes bovina e suína
no NE encontra razão não só na existência da
matéria-prima, mas, também no mercado ínter-
'no e externo. O NE, como de resto o Brasí], con-
some carnes bovina. e suina ao níve!s dos mais
baíxos do globo. E como o produto interno no NE
vem crescendo à taxa de 7 % ao ano e carne é
um produto de regular elasticidade de r anda, não
é arriscado por otimismo injustiflcável se dizer
que em pouco' tempo o consumo de carne em
geral estará duplicando nesta região.
li. regIão fisiográf1ca denominada Agreste pos-
sui excelentes aottdõee para o criatórto intensivo
e extensivo de bovinos. Como fonte de matérias-
primas para a alimentação dos rebanhos tem-se
resíduos da extração de óleos vegetaís, como al-
para suínos, o girassol, a ma-
godão, o ouncon,
mona. devidamente tratada para a eliminação de
conteúdos tóxicos, o melaço da fabricação de a-
çúcar produzido em volume da órdem de .
500,000 ton; os resíduos de lavoura de mandícca,
tonto o caule, como as rOlhas, e a própria raspa
da mandioca. sêca ao sol e ainda os resíduos da
lr.voul"iOI.da cana, inclusive fôlhas e bandeiras.
INl)ÚSTRIA CEARENSE