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Veloso repta Kahn



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BRASIL SERA RICO NO ANO 2000




Na pior das hipóteses, o Brasil chegará o trabalho do Sr. Reis Veloso, que é tam-
ao ano 200 figu'ondo firmemente na categoria bém diretor do Instituto de Pesquisa Econômi-
das paises industrializados, com um produto co-Soc-cl Aplicada, considero. para aigumas
"per copitc" aproximado dos US$ 800, sem de suas projeções, o análise das olte-norívcs
excluir-se a possibilidade de atingir o estágio de Kohn-Wiener feita pelo economista Mário
dos chamados "poises de consumo de mossa." Henrique Simonsen, diretor do Escola de Pós-
Graduação de Economia do Fundação Getúlio
Esta previsão, sustentado pelo secretário- Vargas e autor da obro em 4 volumes "Teoria
geral do Ministério da Planejamento, Sr. João Micropconômica",
Pnulo Reis Veloso, contesta a conclusiío a que
chegaram os futuro-Iogistas nor te-omericonos Kegistra de inicio que a toxo de cresci-
Hermon Khan e Anthonv Wierner, em sua obra mento do produto real considerado por Khan
"O Ano 200", segundo a qual chegariamos ao no previsão medirmo (4,5 por cento no ano)
fim do século simplesmente como "pois par- é inferior à media registrada no 8ra5ii durante
cialmente mdust.tohz odo." os últimos 50 anos, ou seja, de 4,8 entre 1920
e 1967. E inferior, sobretudo, aos indices al-
conçcdos no período de pós-guerrn, quando se
Previsão Interior ao Passado verificou um crescimento de 5,2 por cento, en-
tre 1946 e 1967.

Os trabalhos dos autores norte -cmerico- Observo o Sr. Reis Veloso que a primeira
nos, que se valem inclusive de contribuições de alternativa proposta por Sirnonser-, pcrtindo
outros técnicos do Hudson lnstitute, prevêem dos dados para ono-bose e das estimativas de
que o Brasil cheçorio ao ano 200 com uma crescimento de população de Hermon-Khon,
populcçõo de 21L ~ilhôe~ de habitantes, um cdicronc hipóteses intermed.ó-tcs ele crescrrnen-
Produto Nacional Bruto de 107 milhões de dó- to do Produto Nacionr:l Brutc "que nos pare-
lóres ? um Produto Interno de 506 dólares. cem mais consentôneos com a experiéncio pas-
~ste Produto interno nos colocaria na c'ltegoria sada e as perspectivas da er onorruo brasileira:
de "parcialmente industrializados", s-nboro 5, 5,5, é: e 6,5 por cento."
quose no limite dos índustr.ohz odos, com uma
elevoção de cêrca de 80 por cento em relação "Estas hipóteses intermedíóros - adian-
00 ruvel de renda por habitante em 1965, que ta - na prúnco tnlvez mais relevantes que as
foi o no tomado por base para (1S projeções dos hipóteses de 4,5 por cento (""Jito baixa) e 7
cutores norte-americanos. por cento (talvez muito alto) colocam a Hrasil,
no nno 2000, numa faixa de produto "per ca-
"Isto significaria - assinala o secretório- pita" entre US$ 559 e US$ 983. Isto é, va-
geral do ,"'~inistério do Planejamento - oue riando entre o limiar da categoria de industria-
a produtividade média (e mais gr':lsseiramente) lização e uma posição bastante ovonçndo, no
o bem-estar médio da população brasileira não mesmo grupo."
cheçoriom a dobrar, no espaço de 25 anos.
Significaria ainda mais: nosso pos.çõo relativa Examinnndo uma outra clternotivu, a do
se deterioraria, seja quanto ao mundo desen- pressuposto de que a taxa de crescimento de-
volvido, seja, em certas circunstâncias, quanto mográfico se reduza substancialmente, argu-
ao próprio mundo subdesenvolvido No primei- mento o diretor do IPEA: "Adrmtumos, a titu-
ro caso, nosso Produto Nacional g'uto "per co- lo de exemplo, que pela aplicaçGo dos métodos
pita" declinaria, de proximodornente 1/6 da- de controle de notnlidcrle, esta taxa caia de
quele 1/1 1 no ano 2000. No segundo, o Pro- :1,1 por cento ao ano entre 1965 e 1970, po-
duto Nacional Bruto "per capita" do mundo ru 2 por cento entre 1970 e 1930 € para um
subdesenvolvido passaria de cêrca de 50 % do pOI cento nas últimos 20 anos do século, Den-
nosso para 65 % . tro dcsso nova hipótese, a faixa de variação
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