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ESTíMULO À PRODUÇÃO

DE FRUTAS INDUSTRIALIZÁ VEIS







A SUDENE está concedendo incentivo es- veiristas" e futuros administradores de pomares
pecial para agricultores que pretendam iniciar comerciais. Para se habilitar aos incentivos do
cultivos de frutas tipicas da região, com o ob- programa de fruticultura NCr$ 50 por hectare
jetivo de aumentar a produção das espécies plontado (num limite entre 2 e 10 hectares)
industrializáveis do Nordeste. Dezesseis espé- tem que residir na área rural com vocação para
cies nativas estão incluidas na classificação do as espécies escolhidas para a região.
programa do Departamento de Agricultura da Os "centros básicos" encarregam-se da
autarquia. experimentação e produção de mudas selecio-
nadas segundo a sua produtividade e geneti-
Entre as frutas selecionadas incluem-se o cidade. Funcionam, atualmente, no Nordeste
coju (oito fábricas industrializando na região), 22 desses centros que formaram 80 "viveiris-
mango, sapoti, abacaxi, abacate, banana, la- tas" que, por sua vez, produziram 1 50 mil mu-
ranja, mara:ujá, mamãa, goiaba, graviola e das de fruteiras selecionadas. Êsses centros
outras. As experimentações visam ainda, in- distribuem-se pelos Estados do Ceará (4), Rio
troduzir espécies exóticas capazes de aclima- Grande do Norte (1), Paraiba (1), Pernombu-
tação ao Nordeste.
co (9), Alagoas (1), Sergipe (l ). Bahia (1) e
Maranhão (4).
PROGRAMA
AS FRUTAS
O incremento da industrialização de fru-
tas tipicas (caju, goiaba, banana) torna' impres- A divisão de Pesquisa e Experimentação
cindivel a instalação de cultivos racionais, vi- Aqropecuó rio do Departamento de Agricultura
sando garantir o consumo e melhorar a renda da SUDENE selecionou 16 espécies com possi-
rural nordestina. Essa é a opinião dos respon- bilidade de exploração econômica no Nordeste:
sáveis pelo programa de fruticultura que pes- os citros, cajueiro, figueira, goiabeira, gravio-
quisam métodos econômicos para produção de leira, mamoeiro, mOl1Jcujazei~:J, moriçueiro]
frutas na área sob jurisdição da SUDENE. pinheira (telro) ' sapotizeiro, tamareira, videira
e côco anão. Entretanto, dessa seleção apenas
Do Maranhão à Bahia, os frutas de cada os citros, banana, abacate e abacaxi têm seu
região sõo (ou serão estudadas, visando-se o desenvolvimento estudado em face da inexis-
aumento do consumo "in natura" ou industria- tência de plantios tecnicamente instalados e
lizado.· Por exemplo: no Maranhão, estuda-se limitações de ordem financeira.
a possibilidade de racionalizar a cultura do eu-
puaçuzeiro, bacabeira e açaizeiro, e nas de- Os estudos, no momento, voltam-se para
mais regiões ecológiças do Nordeste - a jaca, a mangueira (em Pernambuco) e a cajueira, es-
a pinha, a jaboticaba, etc. têm seus problemas pécie em alta escala de aproveitamento na re-
estudados pela Divisão de Experimentação e glãa para praduçãa de óleos, tortas e doces.
Pesquisa Agropecuária da SUDENE. O trabalho da SUDENE dividiu as zonas
fruticolas nordestinas na seguinte ordem:
MECÂNICA
Maranhão: citros, graviola, abacaxi, jaca,
O programa de desenvolvimento da fru- sapoti, obccote, copucçu, atas e banana; Cea-
ticultura, no Nordeste, é dividido em duas eta- rá: citros, banana, abacate, morango, marmelo,
pas: a iristalação de Centros Básicos em re- maçã, ameixas figos e caqui; Rio Grande do
giões caracteristicas e a formação de mão-de- Norte: citros, figos e sapotis; Paraiba: citros,
obra especializada para o trato com o material cbocote, figos, 'caqui, marmelo, ameixa, pesse-
(mudas e cultivos racionalizados) fornecido pe- go, maçã e pêra; Pernambuco: banana,' man-
las estações experimentais. Funciona em con- ga, citros e figos; Alagoas: citros e abacate;
vênio com os Estados que executam as dire- Sergipe: citros e abacate; Bahia: citros a aba-
trizes da SUDENE, realizando cursos para "vi- cate.
INDÚSTRIA CEAREN~SE Página 19
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