Page 4 - index
P. 4
•
o DIA NACIONAL
DA INDÚSTRIA
Transcorreu, a 26 último, o Dia Nacional da Indústria, cujas comemora-
ções atingiram o ponto mais alto, em todo o País, com a realização de um al-
mõço oferecido ao presidente Costa e S Uva, no Museu de Arte Moderna, no
Rio, numa demonstração, como disse o presidente da CNI, Sr. Tomás Pompeu •
de Souza Brasil Neto, "de confiança e r econnecimenio à obra de reconstrução I
da ordem econômica e social do País".
o presidente da Confederação Nacional 19ó7, experimentou rápido processo de recu-
da Indústria, Enq.? Thomás Pompeu de Souza peração, expandindo sua produção fisica de
Brasil Neto, proferiu o sequinte discurso, na cêrca de 14 % no ano passado; e os indices
oportunidade: disponiveis para os primeiros meses dêste ano
levam a crer que 1968 não terá sido um ano
Senhor Presidente,
de exceção, mas apenas o inicio de uma nova
A homenagem que ora prestamos a Vos- fase do desenvolvimento nacional.
so Excelência inspirou-se no vontade unânime
dos industriais brasileiros de manisfestar a sua
confiança e o seu reconhecimento à obra de É certo que a luta antiflacionária ainda
reconstrução da ordem econômica e social do não está terminada, e, por isso mesmo não nos
Pais, que constitui a tônico do Govêrno de Vos- devemos mostar tolerantes com a inflação re-
sa Excelência. sidual. No quadro internacional, somos um
pais que luta por melhorar a posição da sua
Aqui estão, Senhor Presidente, represen- moeda, mas que ainda depende de muito es-
tantes da atividade industrial do Pais inteiro, fôrço para alcançar os indices desejáveis de
destacando-se entre êles, nesta expressiva ma- estabilização. E no panorama interno, a infla-
nifestação de solidariedade a Vossa Excelência, ção ainda corrói as previsões financeiras, des-
os presidentes das Federações das Indústrias torce o mercado de capitais, dificulta a orien-
d8 todos os Estados. toçôo da produção e dos investimentos e gera
a in:;tabilidade salarial. Contudo, pademos
Reconhecemos que não tem sido fácil à
Revolução o gigantesca tarefa da reconstrução mostrar otimismo quanto às perspectivas para
da economia nacional. Para avaliar, com obje- um futuro próximo. O mais resistente foco de
tividade, êsse esfôrço, é mister que se estabe- inflação, o "deiicit" público, foi dràsticamente
leça uma forma comparativa. comprimido há paucos meses, com a redução
pelo Govêrno do fundo de participação dos Es-
Com efeito, após tantos anos de crise, o tados e Municipios; o impacto da inflação sô-
Brasil respira hoje o clima confortador da mo- bre os balanços das emprêsas já se encontra
deração substancial da inflação e da retomada substancialmente amenizado com a virtual eli-
do desenvolvimento, numa fase que já delineia minação dos tributos sôbre lucros ilusórios per-
os caminhos definitivos do progresso. Com a mitida pelo Decreto-lei n.? 401. As recentes
limitação do ritmo de alta dos preços a menos providências no sentido da baixa dos juros ban-
de 25 % ao ano, no biênio 1967/1968, obti- cários começam a compatibi!izar o mercado fi-
veram os melhores resultados dos dez últimos nanceiro, em grande parte deformado pela vio-
anos. lência inflacionária com as novas condições do
sistema de preços, suavizando uma das mais
Além disso, de apenas 1,6 % de cresci- graves tensões de custos a que se achavam sub-
mento do produto real em 1963, evoluimos metidos a indústria e o comércio. E alguns in-
gradualmente até 6,5 % em 1968, o que anun- dicadores estatisticos, como o indice de preços
cia o reencontro auspicioso dos caminhos do par atacado e a percentagem da expansão mo-
progresso acelerado. Em particular, a indús- netária, conduzem às melhores expectativas
tria, após séria crise de vendas no principio de para o corrente ano.
Página 2 ~ÚSTRIA CEARENSE