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A Corrida Tecno ógica
e os pcises subdesenvolvidos
RUBENS COSTA
. Herrnan Khon, no famoso livro "O Ano
2 000 11 , mostra que as disparidades de riqueza
e de produção entre os países industrializados e
o chamado "tercei ro mundo" se agravarão
consideróvelrnéntecté o fim do século.
'Nós, os latino-americanos em gerai e os
brasileiros em particular aparentemente havía-
mos aceito sem maior reflexão a noção de que
. a "Aliança poro .o Progresso" nos ajudaria a
diminuir o hiato econômico que nos separa da
Europa, dos Estados Unidos e do Japão no cur-
so do que se convencionou chamar a /I décodo
do ·desenvolvimento".
Nô entanto, a realidade é que, embora guimos aumentar nossa produção, êles omolta-
não esieiomos muito aqiJérrida~ metas da Carta rcim a margem de vantagem Que levam sôbre
de Punta .del Este, verificamos que a distância nós, devido a uma rápida expansão econômica
econômica que nos separa do mundo lodustrlo- e um lento crescimento popu/ocional. Ao in-
lizado aumentou em vez de diminuir. cremento da sua produção, que é elevado, se
contrapõe um aumento populacional que em
Como se explica êste aparente paradoxo? média, é inferior à metade da nossa explosão
Não- há poradoxo, na realidade. A explicação demogrófica.
é bem simples. O ritmo de crescimento econô-
mi~o. do~ paises industrializados nunca foi en- .Mas não é só isto. A comunidade econô-
tão acelerodoo em suo hist6rio, como depois da mica européia adotou politicas econômicas que
2.°. Guerra Mundial. Se é verdade que conse- forçaram suas indústrias e se tornarem mois
INDÚSTRIA CEARENSE' Página 17
A Corrida Tecno ógica
e os pcises subdesenvolvidos
RUBENS COSTA
. Herrnan Khon, no famoso livro "O Ano
2 000 11 , mostra que as disparidades de riqueza
e de produção entre os países industrializados e
o chamado "tercei ro mundo" se agravarão
consideróvelrnéntecté o fim do século.
'Nós, os latino-americanos em gerai e os
brasileiros em particular aparentemente havía-
mos aceito sem maior reflexão a noção de que
. a "Aliança poro .o Progresso" nos ajudaria a
diminuir o hiato econômico que nos separa da
Europa, dos Estados Unidos e do Japão no cur-
so do que se convencionou chamar a /I décodo
do ·desenvolvimento".
Nô entanto, a realidade é que, embora guimos aumentar nossa produção, êles omolta-
não esieiomos muito aqiJérrida~ metas da Carta rcim a margem de vantagem Que levam sôbre
de Punta .del Este, verificamos que a distância nós, devido a uma rápida expansão econômica
econômica que nos separa do mundo lodustrlo- e um lento crescimento popu/ocional. Ao in-
lizado aumentou em vez de diminuir. cremento da sua produção, que é elevado, se
contrapõe um aumento populacional que em
Como se explica êste aparente paradoxo? média, é inferior à metade da nossa explosão
Não- há poradoxo, na realidade. A explicação demogrófica.
é bem simples. O ritmo de crescimento econô-
mi~o. do~ paises industrializados nunca foi en- .Mas não é só isto. A comunidade econô-
tão acelerodoo em suo hist6rio, como depois da mica européia adotou politicas econômicas que
2.°. Guerra Mundial. Se é verdade que conse- forçaram suas indústrias e se tornarem mois
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