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CRÉDITOS NÃO SÃO UM NôVO INVESTIMENTO



o secretário-geral do Planejamento, Sr. to. Em Washiigton, o mesmo assunto foi resol-
João Paulo dos Reis Veloso, explicou que não vido com a direção do BIRO, Banco Mundial.
se trata de novos investimentos os US$ 800
milhões obtidos junto às agências internocio- o ingresso de recursos virá sob a forma de
nacionais BID~AID-BIRO. Disse que êsse dinheI- investimentos diretos, créditos de fornecedores,
ro é apenas a consolidação de créditos já con- empréstimos contratados anteriormente junto
tratados e para financiar o deficit do Balanço às agências internacionais, assim como recur-
de Pagamentos do Brasil, no ano vindouro. 50S dos próprios fornecedores de maquinaria
e equipamentos para o Brasil.
A maior parte dêsse crédito, segundo o Outro tema importante debatido na reu-
Sr. João Paulo Veloso, resultou do levantamen- nião do CIAP foi a margem de preferência para
to das necessidades brasileiras quanto ao Ba- o indústria nacional em concorrência com outros
lanço de Pagamentos, após verificação das esti- paises. Desmentiu o Sr. João Pauio Veloso que
motivas de nossas exportações, ou seja, a Ba- essa margem de preferência, de 15 %, tivesse
lança Comercial com o exterior, e para atender sido aumentada. Apenas foi objeto de negocia-
as necessiddes de lucros e outros compromissos ções, tendo o assunto sido levantado e pleitea-
financeiros constantes da conta Transações do pelo Brasil.
Correntes do Balanço de Pagamentos.
Finalizando, ressaltou o Sr. João Paulo Ve-
Disse o secretório-geral do Planejamento loso que a delegação brasileira pleiteou tam-
que, na reunião do Comitê Interamericano da bém junto às agências de crédito internacional
Aliança para o Progresso - CIAP - foi es- que façam seus esquemas de financiamentos
quernotizodo pela delegação brasileira a formo em bases plurianuais, tendo em vista que o
de ingresso de recursos externos Junto ao Ban- Brasil jó possui um Orçamento Plurianual de
co Interamericano de Desenvolvimento - BID Investimentos e para que o planejamento eco-
-- e Agência Internacional de Oesenvolvimen- nômico não sofra solução de continuidade.





NOVOS As autoridades legisladoras inovaram no
relacionamento dos produtos que usufruirão dos
BENEFíCIOS benefícios, eliminando um dos principais fatos
geradores de interpretação errônea na aplica-
À ção da lei. Acentuou que na Regulamentação
EXPORTAÇÃO foi determinada a extensão dos beneficies o
todos os produtores,
salvo os constantes
do re-
lacionamento, expresso. Anteriormente, essa
relação era dos produtos que se desejava be-
neficiar, mas sempre havia omissões de produ-
A concessão de crédito aos exportodores tos ou de seus derivados que eram visados pelos
de produtos industriais seró feita independen- legisladores.
temente e adicionalmente à isenção do IPI,
constituindo-se portanto, em mais um benefi-
cio à exportação de manufaturados. Outro objetivo das autoridades governa-
mental, foi o incentivo às exportações de pro-
A explicação foi dado pela CACEX, ao dutos destinados às Feiras Internacionais, bem
comentcr os principais dispositivos do Decreto como o estimulo aos produtores nacionais dcn-
presidencial n.? 63.550, que regulamentou a do-lhes condições de competirem em concorrên-
lei Que concedeu beneficios fiscais às indústrios cias internacionais com financiamento acima
Que exportarem seus produtos. lei 5.444, de de 15 anos. Finalmente, a CACEX sublinhou
30.5.68. Acrescentou que as emprêsas que a importância de estimulo concedido às emprê-
aumentarem suas exportações terão ainda um sas comerciais - o que ocorre pela primeira
beneficio extra, sob a forma de um crédito que vez - e às emprêsas com filiais no exterior,
- de acôrdo com o valor das exportações que no sentido de que tragam de volta os lucros
exceder o do ano anterior - poderá ir cté auferidos, Ou se disponham a concorrer mais
100%. agressivamente no mercado externo.


INDÚSTRIA CEARENSE Página 9
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