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TOMÁS POMPEU DEFINE
POSiÇÃO DA INDúSTRIA
E DEFENDE A EMPRlSA
dode. A iniciativa ..,r;vada deve ter caráter de
proeminência até onde e até quando se evklen-
ciem suas condições de. insuiiciêncto, E, cor-
re/atamente, fique demonstrado a nece.'isldode
da intervenção estatal, mas s;mpfesmen~e para
ajudar ou suprir deficiências e remover obstá-
culos. Jamais devemos esquecer que a irncsativo
urivado, com a riqueza de oerspectivo« e de rt'!-
cursos rr:e o .fJessoa humana encontro em sua
liberdade, põe o serviço da emprêsa o conjunto
de atributos peculiares, fonte insuostituivel do
seguro sucesso: experiência, enerçia, sentimen-
to e ambição. Vale dizer que a posição do In-
dústria, quando proclamo a necessidade ae se
reduzir o influência do Govêrno na iormaçõo
de capital, se transforma num tmperouv» de
tó Ia poiitica econômica brasileira. Há pouco
tempo, um pronunciamento da Confederação
Nacional da Indústria acentuava que "o prtme»
ro requisito para O crescimento acelerado de
nossa economia consiste no revigoromento da
emprêsa privada nacional", E que causava
"apreensão a que::Ja da participação do setor
privado na forma,:ão de capital do pais, de
72% no periodo 1947/1956, para 55% no
periodo 1957/1964, e para cêrca de 33 'b no
último triênio. Em têrmos rea,., de oez anos
para cá, os investimentos privados vêm ienden-
d0 o declinar. ~sse dec/inio deve trazer-nos
apreensão, não apenas do ponto-de-vlsta -deo-
log;co, mas sobretudo do ângulo da mecânica
do desenvolvimento. O seios orivado é o res-
ponsável pelos investimentos de m:Jior relação
produto/ capital, precisamente os que mas oe-
sam na definição da tara de crescimento do
produto real. /I
~sses aspectos da realidade econômica
brasileira contemporânea constituem séria ad-
vertência para os lideres políticos e empresa-
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rrols..~ preciso que se ampliem as possibilida·
des de, emprêgo, a fim de que possam ser absor-
vidos os excessos de mão-de-obra gerados peb
própria explosão demográfica. Mas, paroleio-
mente, não podemos fugir à responsabilidade
de dar à juventude e às !:,eraçcE::sfuturas con-
dições da vida compativeis com o progresso tec-
no/ógico e cultural dos nações altamente, de-
senvolvidas.
E, como já frisei, temos
dii.cul-
daies para arcar com 0S vultosos gastos da m-
ira-eetrutura, nêles incluidas, principalmente,
as despesas com educação, saúde pública, ha-
bitação, Que continuam a desafiar os resoon-
séveís pela administração pública. e tulvo-io:'
PENSAMENTO AMADURECIDO
Continuou: "Senhores Deputados,
T:.Jdoquanto venho de afirmar o Vossos
Excelências reflete o pensamento da indústria
nacional. Pensamento amadurecido na tena-
cidade e no esfôrço que vem realizando pela
emancipação. econômica do Brasil: na luto con-
tra a incompreensão de uns e a solércia de ou-
tros; na porfia pelo criação de uma consciêncta
que permita justa avaliação do grande papel
que a Indústria representa no processo do de-
senvolvimento; no irreprimivel anseio de se afir-
mar cada vez mais, para redimtr nossas popula-
çées do estado avaliante de pauperismo em que
ainda se encontram.
Só não disse a Vossas-Excelencias uma po-
lavra inserida também naquele pensamento --
porque a deixei propositadamente para o um:
a Indústria brasileiro, parcela das mais respon-
sáveis da nacionalidade, sempre depositou e
continua a depositar sua confiança no ordena-
mento juridico.
É êle a seiva que vitalizo as institsuçõe«
e o re.oositário das garantias que conferem ao
cdadão consciência legitima de sua. digntdade