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Ma



TOMÁS POMPEU DEfiNE

POSiÇÃO DA INDúSTRIA
E DEFENDE A EMPR~SA









o mundo atuol apresenta três. cenénos A adoção da tecno/ogia industnal moder-
distintos, mas, sob vários aspectos, interhqodos na, associada à automação e alta densidade
elo panorama populacional. de capital por trabalhador, esbarra em inúme-
ros obstáculos sociais, num .cais ou numa reçuõc
submetida à pressão de um crescimento popu-
Primeiro, O dos regroes cujo crescnnento
lacional explosivo.
demográfico é ireiodo pelas altas taxas de mor-
talidele. Éste é o quadro cruel das faixas mais
SUbdesenvolvidas" que, por ialta de recursos, o terceiro cenono compreende os nações
não têm acesso aos progressos da medicina e que conseguiram equilibrar a redução das ta-
do engenharia snitária. A situação dessas áre- xps de mortalidade com a igual contenção de
as é realmente dramática. Ainda ql..e despreza- natalidade. ~sse quadro hoje visivel nos txnses
do (I seu aspecto sócfo-eco-iô.rnco, W71 mmimJ
mais avançados, entre os quais nos devemos
de bumanltotismo estimulo todos os esforços tcnror inscrever, sob pena de aumentar ainda
no sentiiio de eliminar essa realidade pungente, mais sensivelmente a nossa distôncia do mundo
onde a regulaçdo popu[acional se processa pe- dosenvolvido. Por certo, o planejamento familiar
las taxas irracionais da mortalidade infantil.
não deverá violar as tradições religiosas nem a
liberdade individua], Cumpre-nos, todavio, des-
o segundo cenário abrange as nações que tocar a magnitude do problema, pois só ;) dia-
vêm conseguindo reduzir as taxas de mortali- gnóstico realista pode servir de origem para a
dade pelos progressos da medicina, mas que terapêutica adequado.
continuam sustentanto os antigos índices de no-
te/idade. É a explosão demográfica, tiixca da
América Latina em geral e do Brasil em par- o HOMEM
ticular. Ao contrário do que por vêres se pen-
sa, o crescimento populacional da ordem de
3 % anuais inscreve-se no passivo e não no Disse o Sr Tomós Pompeu: 11 N50 festa
ativo do processo de desenvolvimento, princi- dú',ida de que a verdadeira causa da caividade
palmente por dissolvo r, através de I..m quocfen- econômica é a pessoa humana, encarada no
te, o esfôrço paro aumento do produto real. seu dúplice aspecto de sujeito e idestinatáno
Além disso, concc.re ainda para desviar gran- dessa mesma atividade. É, J),)rtanto,€m fi.J'1-
des parcelas do poupança nacional, áestmonlo- ção dêsse principio inarredàvel, ab!:c/uto no
SI'] a investimentos de inira-estrutura scciol, sentido ae que a transformação cos CO'5aS ma-
cujas necessidades são proporcionais ao cres- teriois pelo homem tem destinação certa o in-
cimento demográfico, originando, por outro la- áivi-iuada no próprio homem, que se po:Je eqoo-
CO, uma pirômide de idades onde se comam cionar , em tôda a extensão da sua lautuoe e
vários dependentes por trabalhador ativo. fi, profundidade, o grande dilema da hora presen-
finalmente, por gerar conilitot: de dificil con- te: saber se o economia deve ter o seu Fulcro na
ciliação entre os objetivos de crescimento de iniciativa privada ou na iniciativa do Estado.
produção e de emprêgos. Na aparência, a opção não ensejo dtiicul-

INDúSTRIA CEARENSE Página 5
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