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Pu sua vez, os dispêndios com carnes e peixe",
Carne mesmo =ntre os consumidores me i, pobres,
atingem 30 % dos gastos totais cheçando a
na 40 0;0, no caso de rendas mais ;:)!e'lad·~,:.
As modificações no teor nutricional do
consumo de carne, quando ocorre aumento de
Alimentação renda, entretanto, são proporcionalmente me-
nores que as correspondentes variações nos
do preços dos vários tipos e qualidades I de das carnes
consumidos.
paradoxo
O aspecto
pro-
um
dutc considerado nobre, como o carne, ab-
orçamento
Nordeste sorver parcelo mais pobres dos cidades nordes-
dos
substancial
do
consumidores
tinos encontro explicação nos hábitos de con-
suma herdudos, através do processo histórico
Segundc pesquisa do Banco do Nordeste, de obcstecimento alimentar das cidades lito-
os produto- mais frequentemente encontrados rônecs, pe.ns zonas áridas do mterior nordes-
na dieta dI; pelo menos 80 % ::lci populcçúo tino. Com efeito, nessas zonas, -íesde os tem-
das principois cidades nordestino.i .Rscife, Scl- pos coloniais, a criaçãa de gado constituia
vador, Fortaleza, São Luiz e Campira Granc!ei atividade de subsistência, sendo, pràticamente,
'são fcrinhu de mandioca, arroz, feijão, carne a única tente de alimentos. O cansumo de
fresca bovino, banana, açúcar, põe e café. Em peixes e cves é baixo para a muioria das ci-
Salvador e no Recife, afora êsses itens, inclu- dades. O recente incremento nas atividades
'em-se co-ne de c.harque, tomo to e cebola; em granjeiras, contudo, poderá aumentar a pro-
São Luiz, essas duas verdura'; e mais peixe cura para esse tipo de carne.
fresco, e, em Campina Grande, +ubó de milho.
À écocc das citada; pesquisos, as aves
As unidades consumidoras de Forro.ezo representavam uma frequencia de consumo de
e Campina Grande aplicam na aquisição de apenas 50 % em São Luiz, me-ros de 40 %
produtos de origem animal quase a metade do no Recife e menos de 30 % na', demais cida-
dispêndio totcl com alimentos: cerca de um des. Os altos preços do produto devem ter
têrço para carnes e/ou peixes e 16 % para estimulado o desenvolvimento da ctivrdode aví-
lcticinios e ovos. Os cereais representem ape- cola, tornnndo remunerativa o utilizaçãa de
nas um Quarto dos gastos totais, enquanto insumos mais modernas.
verduras G ieguminosas têm uma participação
de 10 %. A percentagem restonte se desti- A m:mteiga e o leite "in natura" e em
na o frutos, gorduras, açúcar, cofó, doces e pó eram ~')nsumidos em cêrca de 60 % a 80 %
tubérculos. e ovos em 60 a 70 % das residências investi-
gadas em São Luiz, Recife e Salvador. Êsses
Dedos contidos na Introduçiio Econômica
limites apresentaram-se mais baixos em relo-
ao Relotó-Io do BNB, referentE: ao exercício
çõo a Forcaleza e o Campina Grande. Quanto
de 1967, colcada em pesquisas realizadas pe-
ao consumo de queijo, estava pràticamente res-
los Departamentos de Estudos Ec:nC:micos sô-
trito o m.='1OS de 1 /5 dos consumidores dessas
bre o abostecimento alimentar n'JS cidodes ele cidades, excetucndo-se Campina Grande, onde
Recife, Salvador, Fortoleza, São Luiz e Com- integrava a dieta de 2/5 das unidades residen-
pino Grande, revelam que, à medida que as
ciois.
rendas se elevam, ocorrem decréscimos no cer-
centagem dos gastos com produtos de oriqem ~ o que revela o importante levontornento
vegetal, .-elativamente aos de :.JrigC'rll animal. o que procedeu o Banco do Nordeste.
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