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Desenvolvimento
Cientlfico
do Brasil
o Ministro do Planejamento, Sr. Hélio Bel-
trilo, informou que o Plano Trlenal de Govêrno,
em fase de conclusã.o, prevê investimentos da
ordem de NCr$ 578,8 milhões no campo do de-
senvolvimento científico e tecnologlco do Pais.
De acõrdo com estudos preliminares - elaborados
sob a coordenação do Instituto de Pesquisa
Economico-Social Apllcada - IPEA, - tais m-
vestlmenos poderão ser assim dlstrlbuidos: em
1!?68, NCrS118,4 milhões; em 1969, NCrS196,8 mi-
lhões; e em 1970, NCrS263 mllhóes.
Lembrou o ministro Hélio Beltrão que a ma-
nutenção de um setor industrial realmente viá-
vel, objetivo básico da nova estratégia de de-
senvotvímento, repousa. numa exoansão de mer-
cado, interno e externo, que depende, por sua
vêz, do desrnvolvimento ctentíríco-tecnologtco,
quer nos ramos dinâmicos, quer nos tradicionais.
Disse ainda que será. também de considerável
tmportãnota a pesquisa científlco-tecnologica pa- mento Econômico - RNDE, a Comissão Nacional
ra outros setores, notadamente a agricultura e
a'l áreas de Infra-estrutura.
O superintendente do IPEA, F:r. João Paulo
dos Reis Velloso, adiantou que a ação governa-
mentat deverá desenvolver-se buscando íncen-
thar o conhecimentos dos recursos naturais do
Pais e solucionar problemas tecnologicos, se-
gundo as condições brasileiras; deverá, também,
acompanhar o progresso científico e tecnologlco
mundial, adaptando a tecnologia ás nossas ne-
eesaídades, amparando e desenvolvendo, ao mes-
mo tempo, a tecnologia nacional, como ínstru-
mento de aceleração do desenvolvimento.
O ministro Hélio Beltrão afirmou que, para
efeito de racionaUzação da ação governamental.
serão observadas as seguintes diretrizes: o Con-
selho Nacional de Pesqulsa assessorará o Pre-
aldente da República na coordenação e execu-
çA.c da política de ciência e tecnologia, em ar-
ticulação com o Ministério do Planejamento e
diversas .e
Coordenação Geral; para dínamízação da ação
governamental. proceder-se-ã a coordenação de
um Plano Básico de Pesquisa Cientfflca e Tec-
nologíca, que abrangerá apenas os programas e
projetos prlOriQári08 nas áreas.
plano contará com recursos próprios e terá coor-
denação descentralizada; promover-se-á o forta-
lecimento das principais instituições nacionais de pessoal categortzando, atuando em regime de
de pesquisa, proporclonando-lhes recursos capa-
zes de assegurar á atividade cíentíríco-tecnotogt- adequadas. Diz o documento
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ca, em prazo médio, fundos Interno Bruto; evi-
pelo menos equí-
valente
a 1 % do Produto
tar-se-i o rracíonamento inconveniente de re-
cursos; dar-se-i incentivo à formação de pes-
de modo a formar
equipes
quisadores
capazes
e tec-
eíenttneo
de promover o desenvolvimento dar-se-à estimulo
nologico em bases nacionais;
à captação de recursos privados para os pro-
gramas de pesquisa ctenttnca e tecnotogíca; pro-
mover-se-à a reoríentação do ensino universi-
tário; procurar-se-é evitar a evasão de cientistas
c técnicos para o Exterior; e proceder-se-é a
coordenação dos programas de assistência téc-
níca prestada ao Pais pro entidades interna-
cionais. de modo a promover sua. adequação ã
necessidades nacionais e assegurar maior ren-
dímento dessa; c~laboração.
Os estudoa preliminares do IPEA assinalam
Que o esforço de desenvolvimento científico e
tecnologtco efetl .•a-se predominantemente na es-
fera governamental, nas universidades federais,
r,OB institutos e laboratórios, assim como -nas
entidades estaduals equivalentes. ,iEmpenha-se
- contudo, o Govêrno - diz o documento - em
aumentar o potencial científico nacional, am-
pUando os objetivos Inicialmente fixados para os
programas básicos da responsabllidade de qua-
tro organismos federais: o Conselho Nacional
de Pesquisas, o Banco Nacional de Desenvolvi-
de Energia Nuclear e a Comissão Nacional de
Atividades EspaCiais.
Para o triênio 1968/1970, lembra o documento,
os recursos estão assim distribui dos : Conselho
Naclona.} de PesC!uisas - NCrS 160,6 milhões;
Comissão Nacional de Atividades Espaciais -
z,;crS36,7 mllbôes; BNDE (através do FUndo
de D e s e n v o I vim e n t o Tecnlco-Clent1fico -
F-UNTEC) - NCr$237 milhões; ComiSSão Na-
cional de Energia Nuclear - NCrS 144,5 milhões.
Tais recursos são de natureza c.rçamentárla e
Interna, sendo oportuno salientar, segundo o
documento, que os valores apresentados apre-
sentam, apenas, uma parcela dos dlspendlos pú-
blicos globais em pesquisa cientifíca e tecnolo-
glca. Para exempUflcar, revela que, no Orça-
mento de 1968, as dotações conalgnadas para
o Conselho Nacional de Pesquisas, Com1asão de
Atividades Espaciais e Comissão Nacional de Ener-
g!a Nuclear alcançam cêrca de NCr$ 38,5 mi-
lhões, num total de aproxímadamerrte NCrS 131
milbões para o programa de estudo e pesquisa,
ou seja, cêrca de 29 %.
O documento elaborado pelo IPEA refere-se
ainda, aos centros de excelência, assim deno-
mínados os mais operosos laboratórios, depar-
tamentos e Instituições de pesqu1sa.s, dispondo
dedícação exclusiva e apresentando instalações
que a plena ut1l1-
INDúSTRIA CEARENSE