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AREIA MONAZTTICA
A região praieira da costa da Bahia até O
Estado do Rio oferece perspectiva de obtençõo
de urânio de 0,1 a 0,2 %, separados das areias
monaziticas. Nas proximidades das cidades de
IMPORT ANelA Prado, Bahia, constatados ocorrências. Santo,
e Guarapari,
Espírito
também
foram
Essa
DO região costeira fornece areias monazíticas que,
até o momento,
são a principal fonte de urânio
do País.
URANIO OS TRABALHOS
DA morado e trabalhosa. A fim de Iracionar os tra-
das areas
é de-
A pesquisa
promissoras
do CNEN que se dirigem
lhos os helicopteros
IBIAPABA para o Nordeste, durante a passagem aérea para
pelo lito-
de observação
ral, fazem trabalhos
a localização de novas áreas. Com êsse traba-
lho, os cintilômetros acusaram cêrca de 50 ano-
malias nas costas brasileiras que foram locali-
Indícios promissores que revelam o exis- zadas em mapas e a prospecção já teve inicio.
tência de grande quantidade de urânio no Ser-
ra da Ibiapaba permitem ao Brasil montar um
reator atômico, cujo instalação foi autorizado, OUTRAS REGiõES
êste mês, pelo Presidente da República. ~sse
reator, com capacidade de 500 megawatts, des-
levantamentos
O CNEN realizou
também
tíncr-se-ó ao fornecimento de energia elétrica em Poços dé Caldas e Araxá, onde foram no-
à região Centro-Sul do País, operando em con-
junto com uma usina termelétrica. tadas ocorrencias de uranio e torio em quanti-
dades apreciaveis. O caldasito de Poços de Cal-
Os elementos físseis - tório e urânio - das poder á ser uma das fontes de obtenção do
que irão alimentar os futuros reatores brasilei- urânio brasileiro. Entretanto, mesmo· diante
ros se encontram, principalmente, segundo a dêste panorama, afirmaram os técnicos que a
cintilometria e outros processos modernos de situação de urânio no Brasil não é ainda ani-
pesquisas empregados, na região divisória do madora. Mas, com as quantidades já medidas,
Ceará com o Piauí. o Brasil poderá vir a ser um exportador do mi-
nério, em pequena escala, em proporções infe-
INICIO DA PROSPECÇÂO riores as do Congo ex-Belga e do Canadá .Com
relação ao tório a situação brasileiro é privile-
O Conselho Nacional de Energia Nuclear giada, sendo o País um dos primeiros produto-
tem dificuldades para explorar todas as áreas res, dêsse minério no Brasil, suficiente poro a
onde foram notadas ocorrências dêsses miné- alimentação de vários reatores nucleares, com
rios, devido à extensão do nosso território e à
dificuldade do sistema de comunicações. Dêsse o produto extraído das areias rnonazíticas que,
além do tório têm, também,
o urânio.
modo, a prospecção sera feita, de inicio, nos lu-
gares de mais fácil acesso, ficando para mais
tarde as pesquisas na Amazônia e nas frontei-
ras Oeste do País. O REATOR
Outro critério que orientará as pesquisas A compra do citado reator atômico será
é o de se realizar prospecção dentro das possi- feita por meio de uma concorrêncio pública in-
bilidodes geológicas das regiões, a fim de se- ternacional, que deverá ser aberta em breve.
rem estudados os locais mais favoráveis. Desse
modo, o urânio será procurado nas bacias sedi- A operação conjunta das usinas - atô-
mentares, pois 95 % do urânio do mundo ocor- mo e termelétrica - é uma exigência devida
rem nessas regiões. No Brasil, contudo, há noti- ao alto custo do energia elétrica produzida por
cias da existencia de urânio em regiões não se- reatores atômicos, e só são econômicamente
dimentares, que já foram incluidas no plano de operáveis quando exploradas juntamente com
pesquisas do CNEN. Foram pesquisadas na Ba- usina termelétrica e em regiões onde o poten-
cia do Paraná, porém sem resultados positivos. cial hidrelétrico é baixo.
INDúSTRIA CEARENSE .Págin~ 9