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Antonio ma fundição, na qual fabricou gmnde montou, ainda, u-
a suo ctlvldode,
Desdobrando
número
de pe-
ças de ferro para diversos fins, .além de passar a pro-
duzir rêdes e óleos vegetais, com larga aceitação tanto
Diogo de no comércio do Ceará como em outras praças do
Ligou o seu nome
País.
outras
a várias
emprêsas,
notadamente a "Usina Ceará" e a Fábrica de Cigarros.
os seus cabedais
de for-
invertendo
Siqueira Araken, nelas deveras sólida. de Fortaleza, igualmen-:
tema, já então
Deve-se-Ihe,
te,
o Matadouro
M o dê I o
foi:
que
construído sob sua direção e. durante muitos anos:
funcionou a contento, abastecendo de carne a popu-
lação fortalezense.
Nos primórdios da industrialização do Ceará,
ANTÔNIO DIOGO DE SIQUEIRA foi um exemplo da Enquanto isso, An,o Diogo de Siqueira desen-
capacidade empresarial do homem nascido neste Es- volvia suas atividades comerciais com não menor
tado, onde ° natureza, muitas vêzes hostil, parece
êxito, tornando-se um dos principcis exportadores e
restrinçlr ao. mínimo as possibilidades de progresso. . importadores de Fortolezo. Vendeu, para o País. e·
De uma f~mília radicado no atual município de Itapa- para o exterior, consideráveis' partidas de algodão,.,
gé, tendo sido os seus pais José Diogo Vital de Siquei- promovendo a intensificcçõo e:. melhoria da produção ..
ra e Amélio Felicíssima de Siqueira, aí nasceu no dia algodoeira. Mas, os seus negócios agrícolas obron-
1.° de setembro de 1"864. Adole~cente ainda, deixou geram, ainda, outros .cultivos, a per da p e c u á r i '0,
a escola, onde aprendera os primeiras' letras, pas- Acresceu o seu patrimônio com . fczendos de criar
sando a ajudar o progenitor no comércio de gado. em Quixeramobim, em Senador Pompeu e em Paju-
Mais tarde, como outros jovens daquela época, foi çara, adotando modêrnos métodos de melhorio do
atraído pela perspectiva de fazer fortuna, na Amazô- gado.
nia. Vindo para Fortaleza, em companhia de suo es-
pôsa, dona Elisa Via na, modificou seus planos, per- Não obstante as inúmeras preocupações particu-
manecendo na capital cearense. Empregou suas eco- lares, que foi dividindo com os filhos, esteve à fren-
nomi.as no comécio, mas, levado por seu espírito de te do movimento assodativo das classes' produtores,"
iniciativa, não tardou a dedicar-se às atividades in- no Ceoró, tendo ··figurado· no Centro Industriol;~em
dustriois, estobelecendo-se com uma fábrica de' sa- como na Assoclcçõo 'toni.~rda'j"· e·:.nd CenfrqA?f:q~
bão, na atual praça Clóvis Beviláqua, isso nos fins do portadores.
século passado. Foram os seus sócios, nesse empreen-
dimento, Antônio de Sousa, Joaquim Martins e outros, A .fortuna jamais lhe rnodifiêOlf'; os ·líábitós 'dé"
homem simples, que tratava de igual paro iguàl com
Em1 ?04,. retirou-se da sociedade, instalando os operários de suas diversas fábricas. 'Porcêles, fêz '
sozinho uma outra fábrica de sobõo, e, também, de construir a "Vila D~ogo", situado .nq .óren , fer'ltral
tcrtó de caroço de algodão, para alimento do gado, de Fortolàxo, exigíndo,como retribuição,. apenas aii'io'
na avenida Duque de Caxias. Em hómencqemvà sua pequena ta~a, 'queerci . ~mprêgadà" ~~. cê>nse r.Va'ç:60;:
espôsa, que muito lhe ajudava na odrnínísrroçõo dos dos próprias 'casas.' J>r'~titóü.o' filá~Jrbp1a"eri'i .'tó:r~(j:,
negócios, Antônio Diogo deu a denominação de "San- escala, . devendo-se-lhe -ó Teprosórlo . de Mdracai1àú/
taElisa" a essa fábrica.' Operóndo 'Com o "ouro onde sãointer~ados' Os honsenlcnos, ~e'ste Est~dê);' ,
branco", estendeu o seu' interêsse, noturclrnente, à
indústria da fiação e tecelage'ni,adquirinçlú, em se- Ao fa!ecer, aos 23 de junho de 1932, em meio
guida, máquinas apropriadas, que pôs a funcionar à consternação geral do povo cearense, deixou incó-
no referido estabelecimento, Mais torde, instalou !L;mes,'comopafrimônio da família e do próprio Ceo;.·.
a "Ceará Industrial", na rua Princesa Isabel,' para ró, a~ magníficas. reolizcções. do.. seu ..rdro ·talerit}j.
o produção de panos grossos. de empre'el1dédOre crdminislrador.'" .. .•
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