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Ameaça à Lagôsfa
Cearense
o prêço da lagôsta sofreu, no úl- orçamentários de cada emprêsa ex-
timo mês, a sua terceira queda no portadora de vez que habituadas a
mercado externo, decorrente, segun- disporem, de forma ocasional como
do informações dos armadores cea- nesta época do ano, estão a enfren-
renses, da forte concorrência manti- tar despesas, na forma de tiesequiii-
da pela África do Sul e Ausirâlia, brio financeiro, porém de forma oca-
j mto aos Estados Unidos, principal sional como o próprio mercado está
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comprador do produto no mercado a oferecer nas circunstâncias da
internacional e consumidor de 90% concorrência comercial.
da produção cearense.
Referiu-se, também, ao segundo
A redução nas três etapas re- aspecto negativo para a economia
dundou na perda de 1,5% dólares, pesqueira com o retardamento dos
como seja, baixou de 5 para 3,5 dó- crustáceos à costa cearense, que nor-
lares o quilo, embora, em contrapar- malmente se afasta - de agôsto a
tiâa, a exportação do crustáceo, no setembro - para a 'reproduçiio, vol-
período produtivo de janeiro a agôs- tando em outubro. Êste ano, no en-
to dêste ano, tenha superado em 501 tanto, a reação no aparecimento do
toneladas a produção de igual perío- produto, sõmente nos últimos dias
do comercializado no ano passado, ãêste mês, está ocorrendo com maio-
que foi de 888385 quilos contra res preocupações para os armadores.
1389562 quilos do corrente ano.
ACABAR ESTOQUE
DESEQUILíBRIO
Entende, porém, que em mais
o delegado da Superintendência dias a situação voltará à sua norma-
do Desenvolvimento da Pesca para o lidade, tanto na pesca como no mer-
Ceará, Piauí e Maranhão, Sr. Sebas- cado internacional, tão logo os Esta-
tião Ramos, é de opinião que a redu- dos Unidos tenha consumido o esto-
ção na cotação do produto refletirá, que adquirido em outros países e re-
de imediato, apenas nos programas torna ao mercado cearense.
INDÚSTRIA CEARENSE Página 15
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