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CRESCE INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO






Os empresários nordestinos vêem com grande otimismo o comportamento
da produção industrial do País no terceiro trimestre dêste ano, consoante
pode-se verificar pelos resultados do sexto inquérito de sondagem conjuntu-
ral sôbre a indústria de transformação do Nordeste, que o Departamento de
Estudos Econômicos (ETENE) do Banco do Nordeste vem de concluir.
Nessa pesquisa, que compreende o segundo trimestre do corrente ano, fo-
ram .nqueridas 213 emprêsas, as quais empregaram uma média de 51407
operários e registraram volume de vendas de cêrca de NCr$ 1 200 milhões, em
1963. Aproximadamente 50% dos responsáveis pelas vendas efetuadas pre-
vêem aumento da produção nessa terceira parte do ano, enquanto 45% acre-
ditam em estabilidade.
Com referência específicamente à indústria de transformação do Nor-
deste, as observações atinentes ao segundo trimestre revelam razoável cresci-
mento da produção. Conquanto o nível da produção tenha se mantido nor-
mal, assim como o nível de emprêgo e dos estoques, indica-se tendência para
melhoria da procura no atual trimestre com respeito ao anterior.
De acôrdo com a pesquisa, o nível de emprêgo se manteria estável e os
estoques foram considerados norma i s, em ulho. Para equipamento instala-
do a utilização média em julho era de 74%, e responsáveis por 32% das vendas
declaradas informaram produção em expansão.



CEARÁ PRODUZ 30% DO A LGODÁO NORDESTINO
o aumento da produção cearense de algodão em caroço, verificado no periodo de 1960
a 1968, é responsável pelo crescimento ocorrido na produçõo nordestina, pois enquanto a
produção regional subiu 116 mil toneladas nesses nove anos, atingindo 834 mil toneladas no
ano passado, a produção de nosso Estado teve um acréscimo de 108 mil taneladas, com sua
produçõo chegando a 23 mil toneladas em 68. Isso significa que a safra cearense do "ouro
branco" cresceu 61 % nesta década, permane:endo o Estado inabalável na posição de maior
produtor regional, contribuindo cem 30 % da colheita realizada no ano passado.
Com a Paraiba, segundo produtor da Região, aconteceu o inverso. De 169 mil tonela-
das produzidas em 1960, sua colheita desceu para semente 128 mil no final do periodo
considerado. No Rio Grande do Norte verificou-se ligeira modificação positiva, indo de 120
mil para 125 toneladas. Como na Paraiba, em Pernambuco os resultados não foram sc+is-
fatórios, porquanto de 101 mil a produção desceu para 85 mil tonelodos. Merece destaque
especial o comportamento da cotonicultura piauiense, que cresceu 150 % nesse período, assi-
nalando-se uma subida vertiginosa de 20 mil para 50 mil toneladas.
Encontramos êsses dados em importante trabalho elaborado pelo Departamento de Es-
tudos Econômicos (ETENE) do Banco do Nordeste, o qual foi lançado por occsiõo do En-
contro Sôbre Problemas do Algodão, a se realizar em Natal de 7 a 9 do corrente. "Algodão
Nordestina - Mercado Nacional e Internacional" procura analizar a situação do mercado
algodoeiro do ponto de vista oriundo do Nordeste. O estudo abrange aspectos da produção
e do consumo no âmbito regional, nacional e internacional, examinando também o comporta-
mento e a tendência dos preços nacionais e internacionais, assim como a competição das fi-
bras artificiais e o mecanismo de exportação do algadão no Brosl.


Página 10 INDÚSTRIA CEARENSE
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