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Premiações
FIEC Troféu Cidadania
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Amarílio Proença de Macêdo | |
Biografia
: Discurso :
Resolução
: Álbum
Hoje é um dia de festa. Festa da cidadania. Festa dos novos tempos que já chegaram. Festa da participação, da gestão compartilhada e da consciência da complementaridade. Este Troféu que a FIEC concede ao pacto de cooperação do Ceará traduz concretamente o nosso amadurecimento na percepção da importância do outro. Hoje também é festa porque é véspera de o natal simboliza
a chegada do Cristo ao dia-a-dia de cada um de nós, trazendo esperança,
solidariedade, compaixão, amor entre as pessoas e dessas com a natureza.
Fazendo com que entremos em contato com a nossa própria humanidade. À distância que separa o primeiro do último dia dessa série de tantos dias é abissal. Os indicadores demonstrativos dessa diferenciação são de toda natureza e em qualquer que seja o ângulo de observação tornam-se estarrecedores. A competição como fim produziu a insensibilidade e a vaidade aguçou a desumanização nas relações. A vida pede passagem e a felicidade, manca e combalida, se debate aos nossos pés entre a desesperança e o medo. O mundo tornou-se mais veloz na produção de novidades, mas parece mais lento nos cuidados com o bem-estar. Somos os herdeiros de toda essa criação da humanidade. Os herdeiros de todo o legado de conhecimento acumulado na trajetória evolutiva da nossa espécie até hoje. Da descoberta do uso do fogo ao mapeamento do dna. A tarefa de traduzir em avanço tudo o que está disponibilizado é nossa. Coletivamente somos capazes de transformar a realidade. Precisamos nos livrar dos condicionamentos. Nossa educação nos aprisiona a conceitos que limitam a ação. Cabe-nos, portanto a responsabilidade de continuarmos trabalhando nosso aperfeiçoamento nessa caminhada, guiados pela nossa intuição. Uma das mais indispensáveis descobertas da humanidade é o diálogo. Sem esse atributo, capaz de aproximar diferentes, poucas chances teríamos tido de escapar no processo de seleção natural. Com todas as alterações de valores, que chegam e desaparecem a todo instante, os diálogos permanece por ser insubstituível. Em cada circunstância cria-se o seu próprio modelo. No Ceará, a partir da última década deste século, temos vivenciado a experiência do pacto de cooperação. Vejo essa movimentação de pessoas nos pactos e fóruns regionais, setoriais e temáticos, como o maior esforço de diálogo praticado nos últimos tempos no Brasil. Começamos a acertar e estamos certos quando nos dispomos a ouvir, falar, cooperar, tolerar e aceitar a convivência respeitosa com os contrários. Enfim, respeitara diferença. Sabemos ousar, mas ainda subestimamos a nossa capacidade. Gostamos de aprender, mas ainda temos receio de expor a nossa confiança. O Pacto de Cooperação é um instrumento curioso no sentido de possibilitar o diálogo, fortalecer a autoconfiança, estimular a tolerância e maximizar a convergência. O mundo está confuso e por isso mesmo repleto de oportunidades. Muita coisa vale por pouco tempo e muito pouca coisa hoje vale por muito tempo. Poucos podem realmente dizer que sabem. Todos estamos aprendendo e ninguém sequer pode assumir que sabe mais. Por isso. Querer ouvir é fundamental. Vivemos a era do conhecimento disponível em rede, mas ainda não conseguimos coordenar o que isso pode realmente significar em termos de alcance na construção da felicidade. Temos muito mais a compreender. Saber sem felicidade é saber inútil. O que mais na vida vale alem da felicidade? Na verdade estamos aqui para isso. O nosso destino é conseqüência das nossas crenças e estas todas, sem exceção, foram adquiridas. Mudá-las está nas nossas mãos. Devemos assumí-las como são para aperfeiçoá-las, com coragem, garra, determinação, consciência e, sobretudo com o coração. Os sentimentos estão em nós, no pedaço de nossa maior semelhança com Deus. Eles precisam ser libertados. O Pacto de Cooperação do Ceará é apenas uma luz que clareia para que possamos enxergar o outro e ampliar o diálogo construindo confiança mútua e juntando força na riqueza das nossas complementaridades. Essa é a regra do sal to quântico e a centelha divina que está em nossas mãos. Precisamos assumí-la em todas as situações da nossa vida. Em nome de todos os que nesses quase dez anos cuidaram para manter viva a chama do diálogo e da cooperação, nos mais diversos ambientes do pacto, agradeço à Federação das Indústrias do Estado do Ceará por esse troféu tão cheio de significados para a nossa ousadia e tenacidade no aprendizado da cidadania, que afinal é à busca da compreensão do outro e da natureza que nos cerca. Dedico este troféu a todas as pessoas que acreditam e praticam esse sonho de insistir na audácia de estimular o dialogo entre contrários e semelhantes na busca da autodeterminação coletiva - o caminho da inclusão, da integração e da sustentabilidade. Nesse natal e no ano novo que inaugura um novo século peçamos a Deus "que seja para o bem o que nós com o coração queremos fundar, o que nós com as nossas cabeças, com meta segura, queremos conduzir". (Rudolph Steiner) Muito obrigado. |