Senhoras e Senhores,
A gravidade dos problemas nacionais com que nos defrontamos não nos deixa
dúvidas de que o encaminhamento de suas soluções passa, necessariamente,
pelo canal da participação das diversas forças sociais.
Participação que dignifica o cidadão em todos os seus níveis de atuação,
seja como empresário, seja como operário, seja como profissional
liberal, seja como servidor...
Participação que se efetiva num cotidiano de trabalho persistente e produtivo,
mas, sobretudo direcionado, nas condições vigentes, para um novo
ordenamento social e econômico.
Participação que não aceita calar nossas convicções de desenvolvimento
que se corporifica na promoção do bem comum, não reduzindo, portanto,
ao mero crescimento econômico.
Participação a qual não se furta o sistema Federação das Indústrias do
Estado do Ceará, composto do SESI, SENAI, IEL e da própria FIEC,
como bem demonstram as atividades destes órgãos que se ampliam no
contínuo esforço de exercer suas atribuições, compatíveis que são
com o compromisso de construção de um Brasil livre, justo e democrático.
E que, rejeitando diretrizes ou medidas casuísticas e dispersas, o sistema
FIEC fundamenta sua atuação nos princípios da cooperação solidária
e da paz social.
Norteados, por estes princípios que, negando o enfoque simplista de antagonismo
entre as classes sociais, afirmam a existência de aspirações e interesses
comuns, estamos convictos de que as relações entre industriais e
industriários podem ser alimentadas por uma convivência social sadia
e próspera, desde que mecanismos adequados de integração e co-responsabilidade
sejam sempre mais agilizados.
Nesta perspectiva é que o sistema FIEC persegue o desenvolvimento industrial,
simultaneamente “promovendo e elevando o trabalhador da indústria
e atividades assemelhadas à dignidade a que tem direito como ser
humano e esteio do desenvolvimento produtivo e econômico do país”
(pronunciamento do Pres. Da FIEC e Diretor do SESI Ceará, Dr. José
Flávio Costa Lima, nos 35 anos do órgão).
Ilustra essa nossa filosofia de trabalho a existência dos órgãos SESI
e SENAI que,
Criados por industriais brasileiros sensíveis aos problemas sociais do
seu tempo, hoje continuam prestando serviços à comunidade industrial.
No dizer de Roberto Simonsen, idealizador, há 37 anos, do SESI nacional,
este órgão é uma força educativa, não no interesse exclusivo de
nossa classe, a patronal e a operária, mas no interesse indiscriminado
de toda a sociedade, nas variedades dos grupos que a compõem.
De modo específico, o SESI – Ce, vem administrando seus recursos, oriundos
da contribuição das empresas industriais, alocando-os em programas
que visam a defesa do salário real dos trabalhadores e a melhoria
do bem estar seu e de seus familiares.
Assim é que dentre outras atividades, queremos aqui destacar as que se
realizam na área de educação, ainda tão pouco assumida pelo poder
público apesar de sua obrigação constitucional, onde o SESI-CE,
vem colaborando para a redução do déficit do setor, tendo, no último
triênio, acolhido 12 mil alunos.
Na área da saúde, desenvolve o SESI-CE, ações preventivas e curativas
nos campos médico e odontológico tendo no último triênio atendido
a 1 milhão de usuários.
Na área de cooperação e assistência ao trabalhador, decidimos investir
na cozinha industrial, por vislumbrarmos com esse empreendimento
a minoração de um problema premente da indústria cearense, qual
seja o da alimentação – ingrediente vital e lamentavelmente não
acessível na quantidade e qualidade necessárias. Não tão visível,
mas não menos importante, é o serviço social que, como elemento
propulsor do órgão, vem assumindo uma postura de vigilância que
se desdobra em múltiplas ações específicas, no sentido de, num processo
interativo com seus usuários, identificar e tratar problemas que
os impedem de alcançar padrões econômicos e sociais compatíveis
com a dignidade humana.
Um pouco mais idoso que o SESI, o serviço nacional de aprendizagem industrial
(SENAI) hoje completando seus 40 anos, também tem sua história a
mostrar o seu empenho constante na elevação das condições de vida
dos industriários, através da qualificação e do aprimoramento de
sua formação profissional.
Seus serviços,
além de influenciar positivamente o sistema produtivo, asseguram
conhecimento que contribuem para a valorização dos trabalhadores e
os conseqüentes exercícios dos seus direitos e deveres de cidadania.
Imbuído desta consciência, o SENAI-CE, realizou, no último triênio 1.069
cursos, bem como, pesquisas, encontros e seminários executados em
função de necessidades identificadas e, devidamente, avaliadas.
O centro móvel do SENAI-CE, com o total de 15 unidades em funcionamento,
vem atendendo o parque industrial do estado através dos ofícios
de comandos pneumáticos, hidráulicos e elétricos, solda elétrica
e mecânica, mecânica diesel e de refrigeração, pintura à pistola
e costura industrial, dentre outras.
Senhoras e Senhores, é com orgulho que, neste momento, entregamos a comunidade
industrial do estado este centro integrado SESI e SENAI. Traduz
ela a nossa intenção de expandir e tornar mais eficaz a prestação
de serviços destes órgãos que, reconhecemos nós, tem um importante
papel no desenvolvimento industrial cearense.
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