Com
a palavra Dr. José Flávio Costa Lima, representante da Confederação
Nacional da Indústria – CNI.
Sr.
Presidente, Governador Hugo Napoleão
Sr.
Superintendente da SUDENE, Srs. Governadores e Senhores Conselheiros
Nossa
presença neste Conselho, antiga reivindicação de todos nós, reflete
o espírito democrático do Presidente José Sarney e o conseqüente
empenho do senhor Superintendente desta entidade, Sr. José Reinaldo
Tavares.
Aqui
chegamos como agentes dinâmicos do processo de desenvolvimento econômico,
que se baseia na economia de mercado e na livre empresa, porque
se quer democrático e socialmente justo.
Desde
o início a opção da SUDENE, já no sistema 34/18, era não estatizante.
O
FINOR aperfeiçoou a sistemática operacional, levando-nos à valorização,
via Bolsa de Valores, do necessário instrumento da economia capitalista
e produtiva.
Aqui
já se disse muito, mas não se produziu muito.
É
que o Brasil sofre da doença crônica das programações interrompidas,
pela não implementação de recursos.
A
culpa é da União que ainda não adotou o Nordeste. A SUDENE, o BNB,
e o FINOR, apesar disto, produziram.
Só
a ignorância ou a má fé pode desconhecer que a Região estaria certamente
inviabilizada se eles não existissem.
A
teoria econômica mostra que, pior do que não planejar é interromper
execuções, diminuir recursos, e sincopar-lhe as programações.
Não
vamos falar de desigualdades regionais.
O
Presidente Tancredo, não tivesse sido destroçado pelo destino, teria
dito que o Brasil tem grande dívida para com o Nordeste. Diria também,
que seu maior devedor, entretanto, é a própria elite regional.
Reclama-se
profunda reflexão sobre isto, pois todos devemos mudar nosso comportamento
pessoal e cívico. A hora de verdade!
Não
falemos de desigualdades e discriminações. Entretanto, elas existem.
O Nordeste não seria mais feliz com a pobreza do Sul. O que não
queremos é a sua riqueza à custa desta região.
As
medidas antiinflacionárias contra o mal econômico que aqui não foi
gerado, apenas nos agravam mais e mais, nos ofendem e nos humilham.
O
problema é de desenvolvimento econômico e social, e o industrial
chega a esse Conselho, aproximando-se do Centro de Decisão, para
colaborar.
Traz
sua perspectiva da dinâmica do processo.
Ele
quer, sobretudo, que sua critica só seja válida na medida que contribua
para a solução definitiva dos problemas.
Vamos
trabalhar.
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