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POSiÇÃO DA INDÚSTRIA
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QUIMICA BRASILEIRA
A indústria quimica no Brasil ~ atualmen- O complexo da Petroquimica Uniõo criou
te o mais poderoso e dinâmico setor da econo- um "holding" financeiro, a União de Indústrias
mia e já ultrapassou a automobilistica. Entre as Petroquírruccs S. A. - Unipar, com a fusão de
10 maiores emprêsas do ramo, seis possuem in- (outras emprêsas, entre as quais a Copa mo, a
terêsse comum no complexo da Petroquimica Corbocloro, a Eletroteno, a Eletrocloro, a Poli-
União, duas são subsidiárias da Union Carbide afclinas, que, somadas apresentam investirncn
Corporotion. restando a Rhodia - francesa - tos superiores a NCr$ 7()O milhões.
e a Ultrafértil, da Philips Petroleum.
Dessa forma, contará também a Petro-
Os fluxos de tecnologia no mercado brcsi- quimico União com tecnalogia da Diamond
leiro vêm dos Estados Unidos e, em menor es- Atkoly Co., da National Distillers Chemical
cala, da França, Bélgica e Inglaterra. Acham Corp ambos dos Estados Unidos) e da Solvov
os técnicos que tal fato poderá trazer acirrada & Cie. (belga), entre outras. Na composição
concorrência no mercado da ALALC, onde a inicial da Petroquimica União, os três grupos
Argentina expande sua indústria quimica bose particulares - Moreira Soles, Refinaria União
ada essencialmente na técnica inglêsa da lrn- e Peri Igel - haviam aceito associação com a
perial Chemical, de Londres. Phillips Petroleum. Posteriormente, no lugar da
Phillips entrou a Petrobrás com a Petroquisa.
COMO ESTÁ
Entretanto, a Phillips está representada
Estatisticas da CEPAL indicam que o va
lor da produção químico no Brasil em 1968 foi indiretornente através do grupo Peri Igel, da
grupo
Êste
de US$ 1 350 milhões. As importações do se· Ultragás-Ultrfértil. o Grupo Monteiro uniu-se recen- na
com
Aranha,
temente
tor atingiram a US$ 250 milhões e as exporto- composição acioná ria da Petroquimica União.
ções US$ 20 milhões. O consumo aparente si- O complexo industrial será insta!ado em Capu-
tuou-se em US$ 1 580 milhões. Desde 1965 ovo, junto à Refinaria União.
oté o dia 20 de novembro corrente, o Grupo
Executivo da Indústria Quimica - Geiquim - OUTRAS MENORES
aprovou 94 projetos de implantação e expan-
sõo de fábricas no valor histórico de NCr$ Para fabricar objetos em pràticamente
tudo o que usamos até as bombas "napalm",
No setor de importações destacam-se três
firmas: a Dinaco, subsidiária da Allied Chemi- outras emprêsas significativas estão no merca-
cal; a Indústrias Quimicas do Brasil, represen do. A Union Carbide, com investimentos de
tante da Jefferson Chemical (ombcs norte-ame NCr$ 129,9 milhões, e sua subsidiária White
ricqnos): e a Somapi, do grupo francês Naphta Martins, com aplicações de NCr$ 84,6 milhões.
Chemie. Atualmente, encontra-se no Brasil um O grupo francês da Rhodia também de
representante das indústrias químicos france tém parcela significativa com capital e investi
sos, engenheiro Cordonnier (Union des Indus mentos de NCr$ 271,2 milhões. A Ciquine -
tries Chimiques), estudando as perspectivas de Cia. de Indústrias Quimicas do Nordeste, alia-
exploroçõo do mercado brasileiro. da à Shell, investirá NCr$ 70,9 milhões em
PETROQUIMICA UNIÃO Camaçari, na Bchic.
Esta é a mais importante indústria do se- Comenta-se que a Liquid Carbonic - Cio.
tor. Seus acionistas são: Petrobrás-Petroquisa, de Indústrias Quimicas do Nordeste, aliada à
25%; Refinaria União, 25%; Walter Moreira She!l, investirá NCr$ 70,9 milhões em Cama-
Soles, 25 %; Grupo Peri Igel-Monteiro Aranha, çcri, na Bahia.
15 %; entidades financeiras internacionais, Comenta-se que a Liquid Carbonic - In
10%. Uma parte dêsse empreendimento será dústrias Quimicas S. A., associada da General
. f.inonciado pelo Banco Wori"s, de Paris, em cêr Dvnamics (foguete Atlas norte-americano), tem
eu de US$ 30 milhões. Por sua vez, o Invest- projetos para produzir ácido citrico e benzóico,
banco garantiu um suplemento de US$ 3 :ni- mediante inversões maçiças. O Brasil ainda
Ihões. importa estas duas matérias-primas.
-Págína 10 INDÚSTRIA CEARENSE