Page 10 - index
P. 10
\.'WIR#1JMi MWIiW' 19ítl-WW"'A"UMW'+ sws
EMPRÊSA ESCOLA
A integração emprêsa-escola, que tem programo de atividades por iniciativa dos en.-
tidodes dos classes produtoras, é medido de indiscutivel alcance econômico, cujos efeitos não
tardarão, certamente, o ser notados no evolução do conjuntura nacional, caracterizado, até
agora, por um empirismo deveras prejudicial, porque desatento a certos aspectos da realidade.
Assim, o formação profissional, de tanta influ ência sôbre o desenvolvimento, jamais havia
considerada problemas como o pertinente às op?rtundad,=s de emprêgo, e a própria habilitação
pora o exercicio da profissão com as exigências minimas de treinamento, como somente asse-
gurado ao aliar-se o ensino prático ao teórico.
Dados que precisariam orientar a ação governamental, ou mesmo privada, no setor da
educação sistemática, sobretudo no grau universitário, vinham oassondo desapercebidos, en-
tre éles a situação dos próprios estudantes, a grande maioria dos quois, no Brasil, integram
famílias de baixo rendimento, fato êsse contrastante com a mentalidade vigente, segundo a
qual o interêsse precipuo de quem cursa uma escola de nivel superior é o de adquirir um
anel e um "canudo", para obter projeção na vida sócio-diversional. Nos paises onde as Uni-
versidades de "artes liberais" são arístocrinicos, frequentadas por pessoas sem nenhuma
preocupação com emprêgo, admitir-se-ia a concepção "acadêmica" do ensino, porém, para
os povos sub-desenvolvidos, êle há de constituir, antes de tudo o mais, a encaminhamento
para uma atividade rentável, que assegure um padrão condigno de existência às familias
da classe média, atenuando, assim, os desequilibrios e consequentes e perigosas tensões en-
tre os extremos da sociedade.
No Brasil, as oportunidades de emprêgo são em número elevado em têrmos absolutos,
mas muito reduzidas, quando consideradas em relação com a intensidode da procura, a ca-
da ano, por parte de alguns milhões que, em uma população predominantemente jovem, atin-
gem a idade do trabalha e, oor conseguinte, devem adquirir condições para se emanciparem
não apenas juridicamente como economicamente, formando novas familias. O preenchi-
mento de tais oportunidades não tem sido feito sistematicamente senão por algumas poucas
ernprêsos em centros mais adiantadas, talvez apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro, para
tanto concorrendo a circunstôncia de não se carrelacionarem as atividades de formação pro-
fissional com as do campo onde o técnico ou especialista, saido da escola superior, irá exer-
citar os conhecimentos teóricos adquiridos
Atuando como "compartimentos est.snoues" a unirersiáode e a emprêsa acarretam 00
pois prejuizos dos mais graves, primeiro ocr qce a últ:ma não está, evidentemente, em con-
diç(,es de valer-se dos melhores profissionais, pois rem todos egressos daquela instituição do-
c"nte soem içualrnerne capacitados. Os serviços de recrutamento e de seleção das orçonizo-
çõos industriais não dispõem de dados de informação acérca do hobiúdades reais do pessoal
que int eçro o mercado de trabalho especializado, sujeitando-se, por conseçuinte, o escolher
os "m"nos rnous".
Aerava-se êsse aspecto da rccícnalizcçô» o irninistrotiva com os deficiências de ensino
prático, visto como o teórico ioma:s poderá ag ir com eficiência desde seus primeiros passos no
emprêsa, passando, .niciclmente, por uma fase de adaptação e aquisição de experiência.
Porisso, a inteçroçõo com a escola constitui p ·o./idén:;io essencial para o economia, em seu
seu atual estáçio, continuar seguramente em expansão.
(Transcrito do "Correio do Ceará"),
Página 8 INDÚSTRIA CEARENSE