CONFRATERNIZANDO COM O TRABALHADOR
Esta esplêndida realidade que é o Serviço Social da Indústria, hoje espalhado pelo País inteiro, não é obra exclusiva dos industriais que o idealizaram, criaram, mantêm e administram, há trinta anos seguidos. E a soma de esforços comuns, a conjugação de pontos de vistas, o trabalho contínuo e vigilante dos industriais e dos trabalhadores da lndústria, com os quais temos a honra de confraternizar neste momento marcante para a indústria do Ceará.
Com efeito, meus amigos e meus Senhores, o SESI é mais do que uma idéia em marcha, pois se converteu numa filosofia de vida. O seu espírito eleva e enobrece, visto transmitir a cada trabalhador que nele opera, e dele se beneficia, a consciência plena do papel que lhe cabe no esforço desenvolvimentista, que é a tônica do Brasil de hoje.
Quando os pioneiros do processo de industrialização do Brasil criaram o SESI tiveram, desde o primeiro instante, um único e absorvente objetivo, a formação do homem na plenitude da sua potencialidade, a fim de lhe propiciar meios, através dessa mesma formação, para participar, ativa e rentavelmente, da criação da riqueza nacional.
Saíamos do grande conflito mundial, quando se criou o Serviço Social da Indústria.
E mais de que quaisquer épocas da nossa história, tiveram a premonição de que se abriam para o nosso País, jovem e emergente, as perspectivas de um futuro em moldes dos tempos modernos que se instalavam.
Era necessário, todavia, preparar o trabalhador para a grande missão, pois não se constrói apenas com máquinas, mas, sobretudo com homens.
A guerra, com o seu cortejo de padecimentos, com o espetáculo gigantesco das suas ruínas, constituía, paradoxalmente, uma grande lição de esperança.
A esperança de que, fruto da experiência amarga, chegávamos ao limiar de uma nova era de concórdia e solidariedade universal. Para isso, no entanto era preciso retomar idéias aparentemente, e só aparentemente, superadas, com estabelecimento do primado da paz social pela harmonia do capital e do trabalho.
E este tem sido, em última análise, a grande missão que o SESI não somente implantou, como vem desenvolvendo ao longo de todo o território nacional. É com satisfação que dou um depoimento no tocante ao meu Estado, o Ceará.
A Federação das Indústrias e a Federação dos Trabalhadores da lndústria formam, não é exagero afirmar, um bloco homogêneo, um sistema de cooperação e de trabalho conjunto. Bastaria esse fato para demonstrar que o SESI está entre nós, cumprindo o seu dever. Mas não é só.
Se o SESI visa, como acentuamos, a formação do homem, é preciso que se repita, que ele, o homem, não é estático. Mas uma força dinâmica, que se renova de acordo com as circunstâncias e em face da evolução da própria sociedade que forma e integra.
Assim é que o Centro Social Experimental de Fortaleza procura dar ao trabalhador, aos seus filhos, a toda a sua família, uma imagem fiel da vida moderna através da multiplicidade das suas atividades e da diversificação das possibilidades de trabalho para quantos o freqüentam, por ele pugnam e dele se orgulham.
É com esse espírito, e, sobretudo, com a certeza de que saberemos preservar as tradições de amizade entre industriais e operários e a harmonia entre o capital e o trabalho, que eu saúdo, em nome da Indústria do Ceará, os integrantes das Federações dos Trabalhadores da Indústria do Norte e Nordeste, o Sr. Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria, Ministro Ari Campista, e seus dignos companheiros de Diretoria.
Dessa breve visita podem levar os amigos, de volta aos seus Estados, a convicção plena de que, no Ceará, o SESI, é uma realidade, porque é um organismo vivo de trabalho, de ordem, de harmonia, de concórdia e confiança nos destinos da Pátria e do homem brasileiro
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