PROMOVENDO A PAZ SOCIAL
É com indizível satisfação que presido às festas do Jubileu de Prata do Departamento Regional do Serviço Social da Indústria – SESI do Ceará, a cuja frente me encontro na qualidade de Presidente da Federação das Indústrias deste Estado.
Minha satisfação decorre do muito que o SESI tem realizado, tanto em nosso meio como em todo o Brasil, beneficiando os operários das indústrias e trabalhadores em empresas de energia, transporte e comunicações.
Hoje, os brasileiros em geral orgulham-se desta entidade, que o então Presidente da República General Eurico Gaspar Dutra autorizou a Confederação Nacional da Indústria a organizar e manter, com as contribuições das empresas industriais e assemelhadas. Foi um ato deveras inspirado, pois, podemos dizer, que se o Brasil, entre os países em desenvolvimento, desfruta uma paz social incomum, isto se deve, em grande parte, à existência do SESI.
Além disso, quantos reconhecem o homem como fator preponderante no esquema da produção têm que admitir, em conseqüência uma contribuição das mais significativas prestadas pelo SESI ao desenvolvimento nacional através da valorização do trabalhador, como da paz social. Em resultado da ação desta entidade, conjugada com a do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, também criado e mantido pela Confederação Nacional da Indústria, o operário brasileiro possui, agora, um índice de eficiência pessoal e de capacidade profissional que concorre para a maior produtividade da indústria do nosso País, dando-lhe condições para firmar-se no mercado externo.
Os criadores do SESI mostraram seu grande patriotismo, e não menor discernimento, ao darem à entidade um âmbito nacional, estendendo suas atividades a todas as regiões do Brasil, em vez de limitarem-na àqueles Estados onde a indústria apresentava maior desenvolvimento. Esta diretriz assegurou, desde logo, aos industriários e trabalhadores assemelhados das regiões menos desenvolvidas, uma igualdade de tratamento decerto estimuladora dos esforços locais em prol da intensificação das atividades produtivas, particularmente, da industrialização.
Se o Ceará, nos vinte e cinco anos decorridos desde o inicio, a 7 de julho de 1948, da atuação do SESI nesta Capital, pôde contar com novos estabelecimentos fabris, é inegável que, para os governantes e os empreendedores, os problemas humanos e sociais jamais constituíram preocupação. O SESI antecipou-se às considerações dessa ordem, oferecendo, de pronto, às condições de valorização do trabalhador.
Os fins com que os líderes da indústria brasileira, à frente de sua entidade de classe, fundaram o SESI foram perfeitamente assimilados pelos empresários do nosso estado. Cabe aqui mencionar, prestando-lhes a devida homenagem, os que, exercendo a liderança, tiveram a maior responsabilidade no crescimento, além das expectativas mais otimistas, deste Departamento Regional, a cuja causa tanto se devotaram.
Em primeiro lugar, como autêntico pioneiro, Waldyr Diogo Siqueira, tão cedo roubado do nosso convívio, será para sempre lembrado, por seus méritos na promoção do SESI do Ceará de modestíssima Delegacia Regional, com um número inexpressivo de unidade de serviço, a um Departamento dos mais atuantes, entre os congêneres do Brasil, estendendo a várias cidades do interior do Estado sua ação assistencial em benefício dos novos núcleos industriais do Cariri e de Sobral.
Teve o Engenheiro Waldyr Diogo de Siqueira um continuador à altura, na presidência da Federação das lndústrias e na direção regional do SENAI e do SESI, no Engenheiro Thomás Pompeu de Sousa Brasil Neto. De como se houve, no desempenho das referidas funções, esse ilustre cearense, o menos que se pode afirmar é ter se recomendado aos industriais de todo o País ao ponto de merecer a eleição, e a reeleição, para a presidência da Confederação Nacional da Indústria. Foi este um fato sumamente auspicioso para o Ceará, que dele já auferiu realizações notáveis, do porte do Centro Social Dr. Thomaz Pompeu de Souza Brasil, desta Capital, e, também, do Centro Social do Crato, no Cariri.
Sem esquecer outros companheiros da Federação das lndústrias, quero, no entanto, ressaltar a contribuição que, igualmente, ofereceram ao SESI do Ceará os próprios industriários, com seus líderes esclarecidos, cujo interesse, relativo aos benefícios assegurados pela entidade, tem a esta impulsionado, constantemente, para novas realizações. E, devo proclamar, que não menos valiosa e estimuladora, vem sendo a dedicação dos servidores, desde o Superintendente ao mais humilde na gradação hierárquica, todos eles movidos pela compreensão das altas finalidades do SESI.
Tratando-se, porém, de uma festa comemorativa do nosso Jubileu de Prata, não poderia deixar de destacar a valiosa colaboração de José do Nascimento e de José Luciano Montenegro Gomes Barbosa, ambos servidores do SESI local desde o ano de sua fundação.
A Nascimento, coube a difícil tarefa de implantar e dirigir a Delegacia Regional, primeiro organismo aqui instalado, inclusive com o assessoramento de Ivete Tunes de Virgilis, funcionária do Departamento Nacional, que nos honra com sua presença neste momento.
Luciano, que se encontra no exercício do alto cargo de Chefe do Gabinete do Diretor do Departamento Nacional, sempre foi um entusiasta do SESI do Ceará, exercendo influência marcante em todas as suas atividades, desde as administrativas até às artísticas e desportivas. Em sua elevada função jamais: deixou de ser defensor das legítimas aspirações deste Departamento Regional.
Como sinal de reconhecimento a estes dois dedicados servidores, o SESI Ihes oferece uma plaqueta alusiva à data.
A quantos, inclusive autoridades e jornalistas, ajudam este Departamento a crescer, atingindo suas metas prioritárias, de Saúde, Educação e Lazer, dedico estas raras palavras de reconhecimento e de agradecimento, nesta festa de Jubileu de Prata, que, na verdade, é uma festa de muita significação, para o Ceará e para o Brasil, cujo desenvolvimento a Paz Social impulsiona vigorosamente para frente, prefigurando a nossa Pátria do Futuro.
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